sábado, 1 de maio de 2021

VIVA O 1° DE MAIO! VIVA O INTERNACIONALISMO PROLETÁRIO! O SIMSED SAÚDA TODAS AS TRABALHADORAS E TRABALHADORES E REAFIRMA: O CAMINHO É A LUTA!

 



O SIMSED saúda a todas/os as/os trabalhadores/as do mundo todo e retoma que a celebração do primeiro de maio deve ser em memória às trabalhadoras e aos trabalhadores, recuperando sua original instituição desde o 1º de maio de 1886, quando os trabalhadores de todos os países celebram o dia do Internacionalismo Proletário, rendendo honras aos mártires da classe. Tradicionalmente, em todo o mundo, manifestações, barricadas e confrontos com as tropas da reação são a marca deste dia.


Operários, camponeses, sindicatos classistas e estudantes vão às ruas reclamando as bandeiras dos mártires de Chicago, exigindo emprego, melhores salários, terra, pão, justiça e uma Nova Democracia.


Lembramos que o 1º Congresso da II Internacional, celebrado na cidade de Paris em julho de 1889, definiu o 1º de maio como o Dia do Internacionalismo Proletário, registrando esta decisão na seguinte resolução: “Uma grande manifestação internacional deve ser organizada em uma mesma data e de tal modo que os trabalhadores de cada um dos países, de cada uma das cidades, exijam simultaneamente das autoridades a limitação da jornada de trabalho..." Desde então, no 1º de maio, a classe trabalhadora se levanta em todo o mundo cumprindo com decisão esta firme resolução da classe.


NÃO É DIA DE FESTA! É DIA DE LUTA!


Na atualidade, o povo sofre com uma Pandemia que agravou a crise do capitalismo burocrático vigente, desde 2008 e que resultou em mais de 400 mil mortes até o momento, a maioria pertencentes à classe operária. Um verdadeiro crime humanitário premeditado pelo governo de Bolsonaro e generais. Assim, no Brasil, a pandemia expõe as contradições sociais geradas estruturalmente por um modelo econômico perverso, em que favelas não possuem água tratada para a higiene, os ônibus lotados e as enormes filas na Caixa Econômica para milhares receberem R$600, ano passado e neste ano R$ 150,00 a R$250,00. Além disso, perpassando os sucessivos governos, ocorreram constantes ataques à classe trabalhadora. As reformas impostas pelo Banco Mundial (trabalhista, previdenciária, etc.) teve como consequência duras medidas de arrocho aos trabalhadores, na tentativa de salvar os bancos e o lucro das maiores empresas. Tais contrarreformas aprofundaram a superexploração sobre a classe trabalhadora, com o trabalho intermitente, com a uberização do trabalho e a informalidade sobre a maioria do povo. E agora em pauta no Congresso a Reforma Administrativa que visa a destruição por completo do serviço público através de concurso, o que abre ainda mais espaço para o favoritismo e cabides de empregos dos apadrinhados dos governos, sem qualificação para o exercício do trabalho, acentuando a precarização do mesmo.


No imperialismo, que é a atual fase do capitalismo, o domínio do capital financeiro se estendeu a todos os setores da economia. Além da exportação de mercadorias, também realiza a exportação de capitais e controla completamente a economia dos países periféricos, impedindo que sejam resolvidos os problemas fundamentais. Essa busca insana pelo domínio dos mercados realizada pelos monopólios já fez com que se processasse a partilha e repartilha do mundo entre os países imperialistas e seus monopólios durante toda a História do capitalismo. Isso fez com que o mundo fosse dividido em um punhado de nações desenvolvidas e opressoras e uma grande maioria de nações oprimidas. No imperialismo, a guerra é uma necessidade, seja para dirimir contradições interimperialistas, seja para avançar na política colonial, provocando nova partilha do mundo e obrigando a que toda a sociedade seja conduzida à extrema Luta. Portanto, o sistema imperialista não pode apresentar nenhuma solução para os problemas do povo brasileiro, só pode trazer uma maior exploração e barbárie.


A história das crises cíclicas do capitalismo é a história da exploração do proletariado. 


O mundo está entrando em uma nova época, que será marcada por grandes tempestades sociais e políticas provocadas pela crise do imperialismo, que se aprofunda e não mostra sinais de possível recuperação. Em meio a isso, a pandemia da Covid-19 é utilizada para justificar medidas de aumento da superexploração dos trabalhadores e o saqueio dos países oprimidos, tudo justificado e sustentado na comoção, alardeada pelo monopólio de imprensa de “combater o inimigo comum de todos” tentando imobilizar a rebelião das massas, legalizando e aumentando a repressão e criminalização da luta popular. Exemplo disso, são os altos lucros dos bancos que aumentaram 40% dos seus lucros  e do agronegócio que também nunca lucrou tanto como nesta pandemia, enquanto a maior parte da população perdeu empregos e salários.


Propagandeiam que a chamada “crise da Covid-19” levará à ruína a economia mundial – falácia! A crise não é provocada pela pandemia, mas é agravada e exposta de forma clara por essa. Há tempos as potências imperialistas não têm conseguido uma recuperação sustentável de suas crises e uma após outra incrementam a exploração dos trabalhadores e saqueio das nações para seguirem sobrevivendo. A pandemia rasgou a máscara do capitalismo como defensor da liberdade, do direito de ir e vir, e que os países do chamado “primeiro mundo” eram os melhores do mundos, expondo sua essência podre, burguesa e revelou sua cara monstruosa, inclemente e genocida.


Assim como as empresas descartam trabalhadores, reduzem carga horária e salários, como já pretendido pelos projetos de reforma agora possível, através de decretos, atingindo inclusive os servidores públicos,  a exemplo, o famigerado Decreto 896/2020 do Prefeito Iris Rezende, em Goiânia, que descartou mais de 3 mil trabalhadoras e trabalhadores temporários que não receberam salário para o seu sustento e de suas famílias durante todo o período de distanciamento social imposto às Escolas, e cortou mais de 60% do salário dos efetivos também pelo mesmo período. Medida totalmente covarde, injustificada, maldosa, como já foi dito.


Em todo o mundo novas ondas massivas de rebeliões e protestos se iniciam e serão potencializadas pelo agravamento da crise. As rebeliões populares que sacudiram o mundo em 2019, com protestos continuados e greve geral na França e levantamentos na América Latina são provas incontestes disso; as ondas de protestos iniciadas nos Estados Unidos, (o caso George Floyd) que se estenderam mundo afora, contra a violência militar contra os negros, as massas trabalhadoras oprimidas de todos os países usarão todos os meios para defenderem seus direitos pisoteados, contra a exploração e pelo direito de manifestação e organização. Nessas batalhas forjaram suas vanguardas e desvelarão o caminho por uma nova ordem socioeconômica.


No Brasil, as massas camponesas somam mais de 60 milhões sem nenhuma ou com pouca terra e são perseguidos e assassinados em sua luta pelo sagrado direito de plantar e produzir, enquanto os latifundiários representam menos de 2% dos proprietários e açambarcam 50% das terras agricultáveis do país. Nas cidades já somos mais de 15 milhões de desempregados em dados oficiais, pois a realidade é outra, podemos ver pelos dados do que o governo chama de autônomos e sua merreca de auxílio que foi requisitado por 43% da população. A indústria nacional é levada à ruína e a desindustrialização do país é crescente, dos 27,3% de participação no PIB, que alcançou na década de 1980 chega a 11,3 % em 2018. Para se ter uma ideia em 1960 era de 23,2%. (dados do IBGE) PIB esse que é constituído em mais de 40% com a extorsão dos trabalhadores com arrecadação de impostos – os mais altos do mundo – e são utilizados para o pagamento da dívida externa, auxílio a banqueiros (que lucraram mais de 81,5 bilhões – somente contando os grandes) e financiamento do agronegócio (que em sua maior parte produz commodities para exportação), enquanto deixam as massas desamparadas no estado de penúria e abandono, com os serviços públicos sucateados, o que fica escancarado com o criminoso massacre do povo com a pandemia.


Diante de tal situação de desemprego e precarização permanente e histórica dos serviços públicos de saúde, agravada ainda mais nesse momento, debaixo do estado de sítio que criaram para reprimir às massas, devemos elevar ainda mais a nossa organização, criando e fortalecendo os Comitês Sanitários de Defesa Popular em cada bairro ou favela, rua e beco, fábricas e escolas nas cidades e nas áreas de campo, exigindo tudo o que nos é de direito: Vacina para todo o povo gratuita e em tempo hábil e imediatamente, bem como tratamento médico adequado, leitos de hospitais com respiradores e outros procedimentos para atender toda a população, materiais de proteção individual (máscaras e álcool em gel), condições para cumprir a quarentena com um auxilio emergencial de pelo menos um salário mínimo, para oferecer condições de sobrevivência e tudo mais que for necessário até a superação da pandemia; defendendo também o retorno presencial das aulas, apenas após o controle da pandemia, com pelo menos 70% da população vacinada, em que haja caído por completo a taxa de contaminação, para que o País deixe de continuar sendo o seleiro de novas cepas.


“Façamos nós com nossas mãos tudo o que a nós nos diz respeito”.

Sabemos que somente organizados, com solidariedade de classe, podemos de fato resistir e defender os interesses do povo.


Os Comitês Sanitários de Defesa Popular são organizados para que as massas se apoiem em suas próprias forças, sem ilusões eleitoreiras e oportunistas de todo tipo. Assim, fortaleceremos a luta classista e combativa em nosso país contra todos os inimigos do povo.


Preparemo-nos para a greve geral de resistência nacional!


Ousar Lutar! Ousar vencer!


Só há Vitória com Luta!