terça-feira, 27 de abril de 2021

APRESENTAÇÃO DA PAUTA DE REIVINDICAÇÕES À COMISSÃO DE EDUCAÇÃO DA CÂMARA DE GOIÂNIA.


 APRESENTAÇÃO DA PAUTA DE REIVINDICAÇÕES À COMISSÃO DE  EDUCAÇÃO DA CÂMARA DE GOIÂNIA.

No dia 26 de abril, às 10:30 h, o SIMSED foi recebido em uma reunião com a Presidente da Comissão de Educação da Câmara, vereadora Aava Santiago, com o objetivo de entregar e debater a pauta de reivindicações da categoria da Rede Municipal de Ensino de Goiânia.

Inicialmente, foi exposto o histórico de luta e formação do Simsed. Em seguida, a Pauta que foi elaborada por uma Comissão de Trabalho eleita em Assembleia Geral da categoria, foi apresentada e debatida.

Entre os 27 pontos da pauta, os principais foram profundamente discutidos: 1°- Retorno das aulas  presenciais somente com imunização geral; 2° - Descaso com a educação infantil; 3° - Ineficiência da Plataforma AVAH; e, 4° - Pagamento da Data-Base aos administrativos e professores.

Em relação ao retorno presencial das aulas, o Simsed expôs seu repúdio ao Projeto de Lei que tramita na câmara, o PL 5529/20, que pretende transformar a educação em serviço  essencial.  Em primeiro lugar, que educação não é serviço para virar mercadoria, é DIREITO!Caso queiram a educação como essencial, que comecem pela valorização da educação, da escola, dos profissionais da educação e da comunidade escolar.

Depois, defendeu o retorno mediante a imunização geral. Neste ponto, a  vereadora Aava Santiago afirmou que o projeto sofrerá alterações gerais, que o retorno presencial será condicionado a imunização apenas dos  trabalhadores da educação, após a 2° dose, e não da vacinação para todo o povo, conforme defende o SIMSED.

Quanto ao descaso com a Educação Infantil, foi levantado o fim da integralidade para as crianças de 4 e 5 anos, assim como as estruturas caóticas da maioria dos CMEIS e da precária assistência da educação infantil nas escolas, também sucateadas, que a prefeitura tenta maquiar esses problemas com a implantação de salas modulares. Foi apresentado que essas salas são inadequadas para uma prática de ensino-aprendizagem de qualidade, principalmente no que tange a educação na primeira infância e os direitos das crianças. Além dos riscos que as mesmas trazem, como ficou evidenciado no caso do incêndio dos jovens jogadores do Flamengo no Rio de Janeiro.

No ponto sobre a ineficiência da Plataforma AVAH, em relação ao fenômeno educativo e toda a problemática atual sobre o ensino remoto, foi discutido que essa plataforma inviabiliza o acesso ao conhecimento dos nossos estudantes, filhos do povo e da classe trabalhadora. O SIMSED apresentou a decisão da categoria pelo direito democrático à autonomia do uso de ferramentas, que existem possibilidades mais viáveis para mitigar o prejuízo do ensino remoto no processo de ensino-aprendizagem, sem a OBRIGATORIEDADE do uso dessa Plataforma AVAH, que não tem atingido nem um terço dos alunos da rede.

Nesse ponto, foi colocado a realidade do trabalho com a Plataforma, que na verdade tem apenas sobrecarregado os professores e não alcançado o fenômeno educativo, além das inúmeras cobranças da SME com o trabalho burocrático. Enquanto isso, os alunos seguem prejudicados e  desassistidos.

Ainda nesse ponto, o Simsed reiterou sobre a necessidade de um auxílio digital (tablets, celulares, chip com internet, etc) aos alunos e aos professores.  Só assim,  será possível ofertar um atendimento minimamente pedagógico à maioria dos estudantes da Rede, e amenizar os impactos da falta do atendimento presencial.

O quarto ponto foi em relação ao andamento do projeto da Data-Base dos servidores Administrativos, já prometido pelo Prefeito, porém, que ainda não foi encaminhado para a Câmara Municipal.

Esses 4 pontos foram os mais debatidos, mas o SIMSED também discutiu sobre todos os demais itens da pauta.

A vereadora disse que levará os principais pontos debatidos para uma reunião com o Secretário de Educação.

O Simsed reafirma que continuará  levando as demandas da categoria para todas as instâncias,  pressionando por melhorias e pelo cumprimento dos direitos dos trabalhadores.

A mobilização, participação e acompanhamento de todas/os é necessário.

Reuniões com os representantes públicos são mais um instrumento de pressão. Mas as reivindicações só serão conquistadas com luta, mobilização e participação intensa da categoria nos atos, em greves, nas redes sociais e etc.  

RETORNO SÓ COM IMUNIZAÇÃO PARA TODO O POVO!