quinta-feira, 13 de fevereiro de 2020

REUNIÃO COM AUXILIARES: Dia 29/02. Pauta: Novo Plano de Carreira e Luta da Categoria. Na Faculdade de Enfermagem da UFG, às 8:30 h.


NOTA DE REPÚDIO: trabalhador morre em sala modular!



NOTA DE REPÚDIO: trabalhador morre em sala modular!

O SIMSED repudia veementemente à situação que ocasionou a morte do Trabalhador Paulo da Costa Araújo, ferido durante um incêndio em uma sala modular da *Escola Municipal Ana das Neves*, em Goiânia, ocorrida no dia 17 de janeiro de 2020. 

Paulo era funcionário da empresa Cesar Modulares, responsável pela instalação e manutenção da estrutura nessa escola no munícipio. Ele esteve internado no Hugol desde a última segunda-feira (13), data do acidente, mas não resistiu aos ferimentos e veio à óbito no último dia 17. 

O relatório do Corpo de Bombeiros sobre a ocorrência atesta que o incêndio foi provocado por um curto circuito na máquina de solda que, em contato com uma cola, teria causado uma explosão. As chamas foram controladas pela corporação e a vítima foi encaminhada para o Hugol pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). “Houve uma explosão, queimando o Sr. Paulo da Costa Araújo”, é o que consta no relatório.

Na unidade escolar existiam duas salas deste tipo modular: a da cozinha, onde houve o acidente. E a do refeitório. Elas são estruturas de *contêiner* com sistemas elétricos, hidráulicos e de refrigeração, semelhantes à mesma estrutura que também sofreu incêndio no CT do Flamengo no Rio de Janeiro, matando os atletas de base dessa equipe de futebol em 2019.

O SIMSED vem a público alertar toda a comunidade goianiense sobre o risco que se corre ao manter essa estrutura de contêineres nas nossas escolas, algo já questionado até mesmo pela vereadora Sabrina Garcez e outros vereadores no processo da CEI da Educação no início do ano passado. 

A Prefeitura insiste em alegar que essa estrutura é moderna e segura para nossas crianças e trabalhadores, mas conforme vimos nesse último ocorrido, isso não é verdade. O fato é que a prefeitura usa o argumento de "economizar" nas estruturas das escolas, entre outras coisas para precarizar cada vez mais o serviço público e dessa forma não investir de fato como deveria ser na Educação. Isso é lamentável e inadmissível! 


Por isso, repudiamos essa situação que provocou a morte desse trabalhador e exigimos que as providências devidas sejam tomadas para que um novo acidente não aconteça em nenhuma das escolas que tem em sua estrutura os *contêineres*, bem como esperamos que os familiares desse trabalhador, vítima da negligência da Prefeitura,  sejam amparados em sua dor.