terça-feira, 15 de dezembro de 2020

A FARSA DA ELEIÇÃO PARA GESTÃO DAS ESCOLAS/CEIS/CMEIS

 





No próximo dia 16 de dezembro, ocorrerão nas escolas municipais, nos CEIS e CMEIS as eleições para gestão dessas instituições.

Insistentemente, a Secretaria Municipal de Educação e Esporte (SMEE) continua demonstrando uma postura autoritária de gestão nesse final de mandato, o velho "mais do mesmo" de sempre.

Assim, a SME autorizou o início da divulgação do processo eleitoral a partir do dia 16 de novembro, conforme o ofício nº 001/2020 do dia 13 de novembro de 2020. Deixando apenas um mês para estabelecimento de campanhas eleitorais até o dia da eleição. O que inviabiliza completamente os caminhos para a construção de uma disputa democrática pelo cargo de gestão para os próximos 3 anos nas instituições no município de Goiânia. Visto que a comunidade escolar, devido à pandemia, anda distante do ambiente escolar, o risco de uma eleição sem que o número mínimo de votantes ocorra é muito grande.

Outro aspecto é a inviabilização de divulgação de novas candidaturas, pois além da comunidade escolar estar longe da escola, novos candidatos não tem como divulgar sua campanha e ideias com mais envolvimento da comunidade em geral. Se não houver o número mínimo de votantes, a SMEE encaminhará Diretores interventores para a gestão das escolas, CEIS e CMEIS. Ou seja, o que está se desenhando é um cenário de absoluto continuísmo e de sorrateiros ataques à democracia.

O avanço do autoritarismo junto à gestão da escola pública está cada dia mais presente. Deixando bem claro que isso não é apenas um momento de posturas autoritárias, mas sim a concretização de um projeto de desmantelamento e sucateamento da educação pública, em que dia após dia retiram-se direitos, criminaliza-se a luta e assassinam a democracia.

Esse processo eleitoral na atual conjuntura de distanciamento social pela pandemia é um projeto continuísta de poder e de aparelhamento político das instituições municipais. O povo deve ser a voz mais viva e presente da democracia. Não existe democracia de cima para baixo. 

Portanto, denunciamos o quanto essas eleições para direção escolar são uma vergonha anti-democrática institucionalizada! E conclamamos a categoria a ser mais resistente e solidária, diante do autoritarismo, fazendo valer os anseios dos coletivos junto à comunidade escolar, em conformidade com a ciência e a Pedagogia. 

Sigamos firmes na luta contra o autoritarismo dentro das Instituições Educacionais!