1º DE MAIO – DIA DE
LUTA!!! VIVA O INTERNACIONALISMO PROLETÁRIO!
O SIMSED SAÚDA TODAS
AS TRABALHADORAS E TRABALHADORES E REAFIRMA, O CAMINHO É A LUTA!
A celebração do
primeiro de maio deve ser em memória às trabalhadoras e trabalhadores,
recuperando sua original instituição desde o 1º de maio de 1886, quando os
trabalhadores de todos os países celebram o dia do Internacionalismo
Proletário, rendendo honras aos mártires da classe. Tradicionalmente, em todo o
mundo, manifestações, barricadas e confrontos com as tropas da reação são a
marca deste dia.
Operários,
camponeses, sindicatos classistas e estudantes vão às ruas reclamando as
bandeiras dos mártires de Chicago, exigindo emprego, melhores salários, terra,
pão, justiça e uma Nova Democracia.
O 1º de maio tem a
sua origem nas lutas dos operários norte-americanos, que em meados dos anos de
1880 prorrompiam em ondas tormentosas de protestos pela jornada de 8 horas para
todos os trabalhadores. O movimento foi brutalmente reprimido pelas forças
reacionárias, que prenderam oito dos mais destacados dirigentes operários da
cidade de Chicago, executando cinco deles e condenando os outros a duras penas
de reclusão.
O 1º Congresso da II
Internacional, celebrado na cidade de Paris em julho de 1889, definiu o 1º de maio
como o Dia do Internacionalismo Proletário, registrando esta decisão na
seguinte resolução: “Uma grande manifestação internacional deve ser organizada
em uma mesma data e de tal modo que os trabalhadores de cada um dos países, de
cada uma das cidades, exijam simultaneamente das autoridades a limitação da
jornada de trabalho..." Desde então, em todo o mundo, no 1º de maio, a
classe trabalhadora se levanta em todo o mundo, cumprindo com decisão esta
firme resolução da classe.
NÃO É DIA DE FESTA! É
DIA DE LUTA!
Nestes tempos,
atravessamos a mais grave crise de saúde desta geração com a Pandemia – Covid
19 – e sofremos as consequências dramáticas da mais grave crise capitalista
mundial, que se arrasta desde a crise de 2008. No Brasil, a pandemia expõe as contradições
sociais geradas estruturalmente por um modelo econômico perverso, em que
favelas não possuem água tratada para a higiene, os ônibus lotados e as enormes
filas na Caixa Econômica para milhares receberem R$ 600. Além disso,
perpassando os sucessivos governos, ocorreram constantes ataques à classe
trabalhadora. As reformas impostas pelo Banco Mundial (trabalhista,
previdenciária, etc.) teve como consequência duras medidas de arrocho aos
trabalhadores, na tentativa de salvar os bancos e o lucro das maiores empresas.
Tais contrarreformas aprofundaram a superexploração sobre a classe
trabalhadora, com o trabalho intermitente, com a uberização do trabalho e a
informalidade sobre a maioria do povo.
No imperialismo, que
é a atual fase do capitalismo, o domínio do capital financeiro se estendeu a
todos os setores da economia. Além da exportação de mercadorias, também realiza
a exportação de capitais e controla completamente a economia dos países
periféricos, impedindo que sejam resolvidos os problemas fundamentais. Essa
busca insana pelo domínio dos mercados realizada pelos monopólios já fez com
que se processasse a partilha e repartilha do mundo entre os países
imperialistas e seus monopólios durante toda a História do capitalismo. Isso
fez com que o mundo fosse dividido em um punhado de nações desenvolvidas e
opressoras e uma grande maioria de nações oprimidas. No imperialismo, a guerra
é uma necessidade, seja para dirimir contradições interimperialistas, seja para
avançar na política colonial, provocando nova partilha do mundo e obrigando a
que toda a sociedade seja conduzida à extrema Luta. Portanto, o sistema
imperialista não pode apresentar nenhuma solução para os problemas do povo
brasileiro, só pode trazer uma maior exploração e barbárie.
A história das crises
cíclicas do capitalismo é a história da exploração do proletariado. Ela é
inevitável, apesar da sua aparência como sociedade única na História humana e
como insuperável, através das quais os economistas burgueses tentam camuflar as
crises do capitalismo, apresentando como única saída a oferta de mais vantagens
aos capitalistas e ao “mercado”, em detrimento da classe trabalhadora.
Não há solução para a
crise. Pois uma solução temporária produz de forma potenciada uma nova crise.
Ao proporcionar ao capitalista a obtenção do lucro através de maior exploração
do trabalhador, em um processo de médio e longo prazo, a taxa de lucro cai, e
nem mesmo novos inventos ou uma nova tecnologia, ou seja, o desenvolvimento das
forças produtivas, pode recompor a taxa de lucro dos capitalistas no Longo
Prazo. A queda na taxa de lucro geral do sistema é uma lei do modo de produção
capitalista. O capitalismo é isso mesmo, ele é vítima dele próprio. Porém, como
há uma unidade entre capital e trabalho, arrasta consigo as massas
trabalhadoras para suas catástrofes, demonstrando que o capitalismo não pode
apresentar uma solução para os problemas da classe trabalhadora em uma visão
histórica. A sua virtude de desenvolver impetuosamente as forças produtivas é,
também, a sua desgraça.
O mundo está entrando
em uma nova época, que será marcada por grandes tempestades sociais e políticas
provocadas pela crise do imperialismo, que se aprofunda e não mostra sinais de
possível recuperação. Em meios a isso, a pandemia da Covid-19 é utilizada para
justificar medidas de aumento da superexploração dos trabalhadores e o saqueio
dos países oprimidos, tudo justificado e sustentado na comoção, alardeada pelo
monopólio de imprensa de “combater o inimigo comum de todos” tentando imobilizar
a rebelião das massas, legalizando e aumentando a repressão e criminalização da
luta popular.
Propagandeiam que a
chamada “crise da Covid-19” levará a ruína a economia mundial – falácia! A
crise não é provocada pela pandemia, mas é agravada e exposta de forma clara
por essa. Há tempos as potências imperialistas não têm conseguido uma
recuperação sustentável de suas crises e uma após outra incrementam a
exploração dos trabalhadores e saqueio das nações para seguirem sobrevivendo. A
pandemia rasgou a máscara do capitalismo como defensor da liberdade, do direito
de ir e vir, e que os países do chamado “primeiro mundo” eram o melhor dos
mundos, expondo sua essência podre, burguesa e revelou sua cara monstruosa,
inclemente e genocida.
Assim como as
empresas descartam trabalhadores, reduzem carga horária e salários, como já
pretendido pelas projetos de reforma, agora possível, através de decretos,
atingindo inclusive os servidores públicos,
a exemplo, o famigerado Decreto 896/2020 do Prefeito Iris Rezende, em Goiânia,
que descarta mais de 3 mil trabalhadoras e trabalhadores temporários que não
receberão salário para o seus sustento e de suas famílias durante todo o
período de distanciamento social imposto às Escolas, e corta mais de 60% do
salário dos efetivos também pelo mesmo período. Medida totalmente covarde,
injustificada, maldosa, como já foi dito.
Em todo o mundo novas
ondas massivas de rebeliões e protestos se iniciam e serão potencializadas pelo
agravamento da crise. As rebeliões populares que sacudiram o mundo em 2019, com
protestos continuados e greve geral na França e levantamentos na América Latina
são provas incontestes disso. As massas trabalhadoras de todos os países usarão
todos os meios para defenderem seus direitos pisoteados, contra a exploração e
pelo direito de manifestação e organização. Nessas batalhas forjaram suas
vanguardas e desvelarão o caminho por uma nova sociedade.
No Brasil as massas
camponesas somam mais de 60 milhões sem nenhuma ou com pouca terra e são
perseguidos e assassinados em sua luta pelo sagrado direito de plantar e
produzir, enquanto os latifundiários representam menos de 2% dos proprietários
e açambarcam 50% das terras agricultáveis do país. Nas cidades já somos mais de
15 milhões de desempregados em dados oficiais, pois a realidade é outra,
podemos ver pelos dados do que o governo chama de autônomos e sua merreca de
auxílio que foi requisitado por mais de 60 milhões de trabalhadores. A
indústria nacional é levada a ruína e a desindustrialização do país é
crescente, dos 27,3% de participação no PIB, que alcançou na década de 1980
chega a 11,3 % em 2018. Para se ter uma ideia em 1960 era de 23,2%. (dados do
IBGE) PIB esse que é constituído em mais de 40% com a extorsão dos
trabalhadores com arrecadação de impostos – os mais altos do mundo – e são
utilizados para o pagamento da dívida externa, auxílio a banqueiros (que
lucraram mais de 81,5 bilhões – somente contando os grandes) e financiamento do
agronegócio (que em sua maior parte produz commodities para exportação),
enquanto deixam as massas populares desamparadas no estado de penúria e
abandono, com os serviços públicos sucateados, o que fica escancarado com o
criminoso massacre do povo com a pandemia.
Tal situação de
desemprego e precarização permanente e histórica dos serviços públicos de saúde
agravada ainda mais nesse momento, debaixo do estado de sítio que criaram para
reprimir as massas, devemos elevar ainda mais a nossa organização, criando os
Comitês Sanitários de Defesa Popular em cada bairro ou favela, rua e beco,
fábricas e escolas nas cidades e nas áreas de campo, exigindo tudo que nos é de
direito: tratamento médico adequado, leitos de hospitais com respiradores para
atender toda a população, materiais de proteção individual (máscaras e álcool
em gel), condições para cumprir a quarentena, condições de sobrevivência e tudo
mais que for necessário.
“Façamos nós com
nossas mãos tudo o que a nós nos diz respeito”.
Sabemos somente
organizados, com solidariedade ativa, pode de fato salvar o povo.
Os Comitês Sanitários
de Defesa Popular são organizados em que as massas se apoiem em suas próprias
forças, sem ilusões eleitoreiras e oportunistas de todo tipo. Assim
fortaleceremos a luta classista e combativa em nosso país contra todos os
inimigos do povo. Preparemo-nos para os momentos tormentosos que se avizinham!
Viva a organização
popular classista e combativa!
Exigimos o
atendimento de saúde público e gratuito a que temos direito!
Exigimos distribuição
gratuita dos equipamentos e materiais protetivos (álcool gel e máscaras)!
Exigimos testes de
COVID-19 para toda a população!
Abaixo o Decreto de
Morte do Prefeito Iris Rezende!