sexta-feira, 1 de maio de 2020

1º DE MAIO – DIA DE LUTA!!! VIVA O INTERNACIONALISMO PROLETÁRIO!








1º DE MAIO – DIA DE LUTA!!! VIVA O INTERNACIONALISMO PROLETÁRIO!
O SIMSED SAÚDA TODAS AS TRABALHADORAS E TRABALHADORES E REAFIRMA, O CAMINHO É A LUTA!

A celebração do primeiro de maio deve ser em memória às trabalhadoras e trabalhadores, recuperando sua original instituição desde o 1º de maio de 1886, quando os trabalhadores de todos os países celebram o dia do Internacionalismo Proletário, rendendo honras aos mártires da classe. Tradicionalmente, em todo o mundo, manifestações, barricadas e confrontos com as tropas da reação são a marca deste dia.

Operários, camponeses, sindicatos classistas e estudantes vão às ruas reclamando as bandeiras dos mártires de Chicago, exigindo emprego, melhores salários, terra, pão, justiça e uma Nova Democracia.

O 1º de maio tem a sua origem nas lutas dos operários norte-americanos, que em meados dos anos de 1880 prorrompiam em ondas tormentosas de protestos pela jornada de 8 horas para todos os trabalhadores. O movimento foi brutalmente reprimido pelas forças reacionárias, que prenderam oito dos mais destacados dirigentes operários da cidade de Chicago, executando cinco deles e condenando os outros a duras penas de reclusão.

O 1º Congresso da II Internacional, celebrado na cidade de Paris em julho de 1889, definiu o 1º de maio como o Dia do Internacionalismo Proletário, registrando esta decisão na seguinte resolução: “Uma grande manifestação internacional deve ser organizada em uma mesma data e de tal modo que os trabalhadores de cada um dos países, de cada uma das cidades, exijam simultaneamente das autoridades a limitação da jornada de trabalho..." Desde então, em todo o mundo, no 1º de maio, a classe trabalhadora se levanta em todo o mundo, cumprindo com decisão esta firme resolução da classe.

NÃO É DIA DE FESTA! É DIA DE LUTA!

Nestes tempos, atravessamos a mais grave crise de saúde desta geração com a Pandemia – Covid 19 – e sofremos as consequências dramáticas da mais grave crise capitalista mundial, que se arrasta desde a crise de 2008. No Brasil, a pandemia expõe as contradições sociais geradas estruturalmente por um modelo econômico perverso, em que favelas não possuem água tratada para a higiene, os ônibus lotados e as enormes filas na Caixa Econômica para milhares receberem R$ 600. Além disso, perpassando os sucessivos governos, ocorreram constantes ataques à classe trabalhadora. As reformas impostas pelo Banco Mundial (trabalhista, previdenciária, etc.) teve como consequência duras medidas de arrocho aos trabalhadores, na tentativa de salvar os bancos e o lucro das maiores empresas. Tais contrarreformas aprofundaram a superexploração sobre a classe trabalhadora, com o trabalho intermitente, com a uberização do trabalho e a informalidade sobre a maioria do povo.

No imperialismo, que é a atual fase do capitalismo, o domínio do capital financeiro se estendeu a todos os setores da economia. Além da exportação de mercadorias, também realiza a exportação de capitais e controla completamente a economia dos países periféricos, impedindo que sejam resolvidos os problemas fundamentais. Essa busca insana pelo domínio dos mercados realizada pelos monopólios já fez com que se processasse a partilha e repartilha do mundo entre os países imperialistas e seus monopólios durante toda a História do capitalismo. Isso fez com que o mundo fosse dividido em um punhado de nações desenvolvidas e opressoras e uma grande maioria de nações oprimidas. No imperialismo, a guerra é uma necessidade, seja para dirimir contradições interimperialistas, seja para avançar na política colonial, provocando nova partilha do mundo e obrigando a que toda a sociedade seja conduzida à extrema Luta. Portanto, o sistema imperialista não pode apresentar nenhuma solução para os problemas do povo brasileiro, só pode trazer uma maior exploração e barbárie.

A história das crises cíclicas do capitalismo é a história da exploração do proletariado. Ela é inevitável, apesar da sua aparência como sociedade única na História humana e como insuperável, através das quais os economistas burgueses tentam camuflar as crises do capitalismo, apresentando como única saída a oferta de mais vantagens aos capitalistas e ao “mercado”, em detrimento da classe trabalhadora.

Não há solução para a crise. Pois uma solução temporária produz de forma potenciada uma nova crise. Ao proporcionar ao capitalista a obtenção do lucro através de maior exploração do trabalhador, em um processo de médio e longo prazo, a taxa de lucro cai, e nem mesmo novos inventos ou uma nova tecnologia, ou seja, o desenvolvimento das forças produtivas, pode recompor a taxa de lucro dos capitalistas no Longo Prazo. A queda na taxa de lucro geral do sistema é uma lei do modo de produção capitalista. O capitalismo é isso mesmo, ele é vítima dele próprio. Porém, como há uma unidade entre capital e trabalho, arrasta consigo as massas trabalhadoras para suas catástrofes, demonstrando que o capitalismo não pode apresentar uma solução para os problemas da classe trabalhadora em uma visão histórica. A sua virtude de desenvolver impetuosamente as forças produtivas é, também, a sua desgraça.

O mundo está entrando em uma nova época, que será marcada por grandes tempestades sociais e políticas provocadas pela crise do imperialismo, que se aprofunda e não mostra sinais de possível recuperação. Em meios a isso, a pandemia da Covid-19 é utilizada para justificar medidas de aumento da superexploração dos trabalhadores e o saqueio dos países oprimidos, tudo justificado e sustentado na comoção, alardeada pelo monopólio de imprensa de “combater o inimigo comum de todos” tentando imobilizar a rebelião das massas, legalizando e aumentando a repressão e criminalização da luta popular.

Propagandeiam que a chamada “crise da Covid-19” levará a ruína a economia mundial – falácia! A crise não é provocada pela pandemia, mas é agravada e exposta de forma clara por essa. Há tempos as potências imperialistas não têm conseguido uma recuperação sustentável de suas crises e uma após outra incrementam a exploração dos trabalhadores e saqueio das nações para seguirem sobrevivendo. A pandemia rasgou a máscara do capitalismo como defensor da liberdade, do direito de ir e vir, e que os países do chamado “primeiro mundo” eram o melhor dos mundos, expondo sua essência podre, burguesa e revelou sua cara monstruosa, inclemente e genocida.

Assim como as empresas descartam trabalhadores, reduzem carga horária e salários, como já pretendido pelas projetos de reforma, agora possível, através de decretos, atingindo inclusive os servidores públicos,  a exemplo, o famigerado Decreto 896/2020 do Prefeito Iris Rezende, em Goiânia, que descarta mais de 3 mil trabalhadoras e trabalhadores temporários que não receberão salário para o seus sustento e de suas famílias durante todo o período de distanciamento social imposto às Escolas, e corta mais de 60% do salário dos efetivos também pelo mesmo período. Medida totalmente covarde, injustificada, maldosa, como já foi dito.

Em todo o mundo novas ondas massivas de rebeliões e protestos se iniciam e serão potencializadas pelo agravamento da crise. As rebeliões populares que sacudiram o mundo em 2019, com protestos continuados e greve geral na França e levantamentos na América Latina são provas incontestes disso. As massas trabalhadoras de todos os países usarão todos os meios para defenderem seus direitos pisoteados, contra a exploração e pelo direito de manifestação e organização. Nessas batalhas forjaram suas vanguardas e desvelarão o caminho por uma nova sociedade.

No Brasil as massas camponesas somam mais de 60 milhões sem nenhuma ou com pouca terra e são perseguidos e assassinados em sua luta pelo sagrado direito de plantar e produzir, enquanto os latifundiários representam menos de 2% dos proprietários e açambarcam 50% das terras agricultáveis do país. Nas cidades já somos mais de 15 milhões de desempregados em dados oficiais, pois a realidade é outra, podemos ver pelos dados do que o governo chama de autônomos e sua merreca de auxílio que foi requisitado por mais de 60 milhões de trabalhadores. A indústria nacional é levada a ruína e a desindustrialização do país é crescente, dos 27,3% de participação no PIB, que alcançou na década de 1980 chega a 11,3 % em 2018. Para se ter uma ideia em 1960 era de 23,2%. (dados do IBGE) PIB esse que é constituído em mais de 40% com a extorsão dos trabalhadores com arrecadação de impostos – os mais altos do mundo – e são utilizados para o pagamento da dívida externa, auxílio a banqueiros (que lucraram mais de 81,5 bilhões – somente contando os grandes) e financiamento do agronegócio (que em sua maior parte produz commodities para exportação), enquanto deixam as massas populares desamparadas no estado de penúria e abandono, com os serviços públicos sucateados, o que fica escancarado com o criminoso massacre do povo com a pandemia.

Tal situação de desemprego e precarização permanente e histórica dos serviços públicos de saúde agravada ainda mais nesse momento, debaixo do estado de sítio que criaram para reprimir as massas, devemos elevar ainda mais a nossa organização, criando os Comitês Sanitários de Defesa Popular em cada bairro ou favela, rua e beco, fábricas e escolas nas cidades e nas áreas de campo, exigindo tudo que nos é de direito: tratamento médico adequado, leitos de hospitais com respiradores para atender toda a população, materiais de proteção individual (máscaras e álcool em gel), condições para cumprir a quarentena, condições de sobrevivência e tudo mais que for necessário.

“Façamos nós com nossas mãos tudo o que a nós nos diz respeito”.
Sabemos somente organizados, com solidariedade ativa, pode de fato salvar o povo.

Os Comitês Sanitários de Defesa Popular são organizados em que as massas se apoiem em suas próprias forças, sem ilusões eleitoreiras e oportunistas de todo tipo. Assim fortaleceremos a luta classista e combativa em nosso país contra todos os inimigos do povo. Preparemo-nos para os momentos tormentosos que se avizinham!

Viva a organização popular classista e combativa!
Exigimos o atendimento de saúde público e gratuito a que temos direito!
Exigimos distribuição gratuita dos equipamentos e materiais protetivos (álcool gel e máscaras)!
Exigimos testes de COVID-19 para toda a população!
Abaixo o Decreto de Morte do Prefeito Iris Rezende!