quinta-feira, 16 de abril de 2020

NOTA DE REPÚDIO CONTRA A REPRESSÃO À MANIFESTAÇÃO DOS CONTRATOS TEMPORÁRIOS



Ontem, quinze de abril de 2020, quarta-feira, os contratos temporários da Educação que foram demitidos em plena pandemia através do decreto n°896/2020, organizaram um "buzinaço" em frente ao Paço Municipal, todos de máscaras e sem saírem dos seus carros, todavia foram brutalmente reprimidos pela PM. 

Em plena pandemia, esses servidores demitidos tiveram que lutar com as armas tinham,  reconhecemos essa ação como uma manifestação justa, pois foram colocados no olho da rua, perdendo sua fonte de sobrevivência, passando a não terem a  mínima condição de, no momento, buscarem outro emprego.


Os manifestantes estavam dentro dos seus carros demonstrando a sua indignação de terem seus contratos finalizados por uma suposta necessidade da Prefeitura de conter gastos. 

Em nenhum momento, o decreto cita os "comissionados privilegiados", não propõe rever as isenções de impostos das grandes empresas, não busca cobrar dos grandes devedores, não propõe a redução dos salários dos altos escalões do governo,  não propõe transformar a dívida pública em receita para garantir a sobrevivência das famílias pobres, ambulantes e dos desempregados que vivem de "bicos" e contratos temporários precarizados, como os nossos colegas da educação e os demais da prefeitura.


Uma infinidade de outras medidas poderiam ser tomadas se tivesse vontade política da parte do prefeito. Sendo assim, mais uma vez querem cortar na carne de quem mais necessita.


Como represália à manifestação, carros foram apreendidos, celulares foram tomados, multas foram dadas aos trabalhadores que estavam presentes e ainda uma  audiência já foi marcada.  


Precisamos pressionar o prefeito e demais políticos para que revoguem esse decreto nefasto, em que mais de 3 mil contratos foram demitidos. Temos que pressionar nas redes sociais e em todas as plataformas digitais possíveis. 


Declaramos nosso apoio a esses manifestantes e os advogados do SIMSED se colocam à disposição para ajudar. Por isso, ingressaremos na Justiça para revogar o decreto,  para o cancelamento das multas aplicadas contra os manifestantes no protesto de ontem e o acompanhamento judicial no TCO que alguns terão que responder!!