terça-feira, 14 de abril de 2020

IRIS DESCARTA MAIS DE 3 MIL TRABALHADORES/AS EM PLENA PANDEMIA!

 
 
IRIS DESCARTA MAIS DE 3 MIL TRABALHADORES/AS EM PLENA PANDEMIA!

O Simsed vem a público denunciar e repudiar veementemente o Decreto n°896/2020, que trata sobre os procedimentos emergenciais de redução de despesas com pessoal, publicado devido a situação ocasionada pela disseminação da Covid-19 (coronavírus).

Temos ciência que estamos vivendo uma situação muito grave e que o combate à pandemia precisa ser uma prioridade de todos. Porém, a pandemia não pode servir como uma justificativa para a retirada de direitos dos trabalhadores. 


A atitude do prefeito trata-se de uma tragédia humanitária no âmbito da Educação no Município de Goiânia, uma vez que esta categoria que teve seus contratos suspensos já vinha sofrendo uma precarização salarial continuada, e justamente agora, em tempo de plena Pandemia, momento em que os esforços deveriam ser de garantir à sobrevivência das pessoas, Iris Rezende, de forma inescrupulosa, decidiu jogar no olho da rua mais de 3 mil pais e mães de família e abandoná-los à própria sorte, ignorando que para o cumprimento do  isolamento horizontal, os governos necessitam garantir a manutenção dos empregos.

Ao analisar esses  3 pontos importantes do Decreto:

1- A suspensão dos contratos temporários;

2- A suspensão de gratificações;

3- A suspensão do Auxílio Locomoção, bem como do Vale Transporte. 

“Art. 1º Ficam suspensos no âmbito da Administração Pública Municipal Direta e Autárquica:

I – os Contratos Temporários de Trabalho firmados com os órgãos e entidades da Administração Municipal, exceto com a Secretaria Municipal de Saúde, a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos e a Secretaria Municipal de Assistência Social”;

Verifica-se que o ônus caiu, mais uma vez, sobre os mais desamparados, os milhares de desempregados do país.
Em nenhum momento ele cita os "comissionados privilegiados", não propõem rever as isenções de impostos das grandes empresas, não propõem a taxação das grandes riquezas, não propõem a redução dos salários dos altos escalões do governo,  não propõem transformar a dívida pública em receita para garantir a sobrevivência das famílias pobres, ambulantes e dos desempregados que vivem de "bicos" e contratos temporários precarizados, como os nossos colegas da educação e os demais da prefeitura.

Consideramos essa atitude do Poder Público extremamente arbitrária e desumana, pois ao invés de amparar os/as trabalhadores/as frente a essa situação caótica de pandemia mundial, em que se exige das pessoas a condição do Isolamento Social, esses/as estão sendo sacrificados/as sem ter o direito a continuar recebendo os seus salários normalmente, sendo que irão repor essas aulas como todos os/as outros/as professores/as efetivos/as.

Outro problema a ser apontado é o caráter extremamente obscuro quanto ao destino de verbas para garantir o combate à Pandemia Mundial causada pelo Novo Coronavírus. Nem mesmo previsão de contratação de  funcionários para a saúde, de compra de equipamentos, como EPIs, respiradores, aberturas de hospitais, etc.

Quais as soluções a prefeitura oferece e garante aos goianienses para efetivação do isolamento social? NENHUMA!

Como estes pais e mães de família conseguirão comprar o necessário para o seu sustento? Foram descartados e não terão condições alguma  pra comprar comida e o necessário para a subsistência neste momento.

Cortar gasto? Pagar servidor não é gasto, é investimento, são esses trabalhadores que estavam até poucos dias no chão das escolas e CMEIs, ensinando e atendendo as necessidades do ambiente escolar, enfrentando condições precárias de trabalho.

A prefeitura  deve cuidar do que é Público, e principalmente   dos seus servidores, ainda que temporários. Essas pessoas dependem exclusivamente deste trabalho para sobreviver. 

Exigimos que a prefeitura dê outra solução para os "possíveis" problemas com folha de pagamento, seguindo, inclusive, os conselhos que apontamos nessa nota.

Em tempo, vale ressaltar  que é uma verdadeira  falácia a proposta de concurso público para 1500 vagas, sendo que na hora de jogar na rua, foram mais 3000 contratos temporários!

Dessa forma, também exigimos que se cancele esse concurso e refaçam o edital contemplando realmente o número de déficit que existe na rede. 

E até lá, conclamamos à todas e todos os profissionais da educação,  efetivos ou não, a se solidarizarem e repudiarem mais essa atitude do prefeito Iris Rezende, somando-se a luta organizada pela manutenção desses contratos.