Na última terça-feira, 12 de janeiro, a comissão de educação da Câmara Municipal de Goiânia realizou uma reunião virtual que contou com a presença e participação de várias organizações, para debater sobre o retorno das aulas presenciais. O SIMSED se fez presente e fez uma intervenção, defendendo que a retomada das aulas presenciais só poderá acontecer com a vacinação geral da população.
Entendemos que o momento que vivemos é de recrudescimento da pandemia, com uma segunda onda que assola a Europa e já chegou no Brasil, aumentando o número de contágios e de mortes. Inclusive estão surgindo novas variações do vírus que tornam a doença ainda mais contagiosa.
E, justamente agora, em que várias vacinas já estão prontas para serem disponibilizadas e tendo sua eficácia comprovada cientificamente, o foco de todos que lutam pela educação e pelos direitos do povo é defender e lutar pela vacinação da população o mais depressa possível. Que isso seja feito antes de se pensar em qualquer possibilidade de retorno presencial. Retorno só com a Vacina para TODOS!
Se esperamos até aqui, pela segurança de fato, não faz sentido voltar antes da disponibilidade da vacina, jogando fora todo o esforço já feito e colocando toda a comunidade envolvida no processo educacional em risco (administrativos, professores, auxiliares, diretores, coordenadores, estudantes e suas famílias, etc.).
É preciso que todos sejam vacinados, não só os trabalhadores da educação, como as famílias dos estudantes e a comunidade em geral. A volta às aulas impacta uma grande parcela de pessoas, as crianças podem transmitir o vírus umas às outras, se contaminando entre si e também levando o vírus para familiares que não estão imunizados.
Na mesma reunião, houveram posicionamentos em defesa do retorno presencial, desde que o poder público ofereça segurança. Em relação à isso, levantamos um questionamento: qual segurança o poder público é capaz de oferecer para evitar a transmissão do vírus nas escolas e Cmeis?
Temos salas de aulas pequenas e insalubres, inclusive várias de contêiner. No dia a dia lidamos com falta de materiais básicos de higiene. O que vai acontecer na realidade, como de praxe, é o poder público colocar nas costas da direção e dos trabalhadores das instituições a responsabilidade por tais medidas de segurança.
Acreditamos que a única segurança possível é a vacina para o povo, até lá devemos pressionar para que as famílias dos estudantes e toda a população receba novamente o auxílio emergencial em um valor justo que dê para suprir o básico para sobrevivência dessas famílias pobres!