quarta-feira, 6 de janeiro de 2021

AUMENTO DA ALÍQUOTA PREVIDENCIÁRIA DE 11% PARA 14% TRÁZ DESESPERO AO SERVIDOR, SEM REAJUSTE HÁ MAIS DE UM ANO!

 

AUMENTO DA ALÍQUOTA PREVIDENCIÁRIA DE 11% PARA 14% TRÁZ DESESPERO AO SERVIDOR, SEM REAJUSTE HÁ MAIS DE UM ANO!

 

O SIMSED repudia o arbitrário aumento de 14% na alíquota de contribuição previdenciária dos servidores públicos e considera que este foi um golpe perpetrado pelo então prefeito de Goiânia, Iris Rezende, em conluio com os vereadores.

 

Em primeiro lugar, é preciso deixar bem claro, que esse desconto previdenciário vai tirar alimentos das mesas de inúmeros servidores públicos, principalmente dos que ganham menos. Como a Prefeitura não pagou a data-base e os salários não foram corrigidos de acordo com a inflação do ano anterior, qualquer aumento da alíquota significa, na prática, uma redução do poder de compra dos servidores públicos. Então, a aprovação do aumento da alíquota previdenciária prejudicará as condições de vida de muitos servidores públicos.

 

Em segundo lugar, nos indignamos também com a forma antidemocrática que permeou todo o processo de aprovação do reajuste. Não realizaram audiências públicas e nem discutiram amplamente com os servidores e muito menos comprovaram a real necessidade do aumento da alíquota. Ao contrário, sorrateiramente, esperaram o recesso da educação e as festas do final de ano para votarem de maneira rápida e silenciosa, sem o debate público necessário. Os vereadores simplesmente obedeceram as ordens do Paço Municipal e aprovaram a matéria, sem ao menos apresentar uma justificativa convincente.

 

Em terceiro lugar, denunciamos o autoritarismo permeou todo o processo de aprovação do reajuste da alíquota. A votação na Câmara de vereadores foi uma das mais vexatórias que se possa imaginar. Nenhum vereador discursou na tribuna para justificar o aumento da previdência. Simplesmente, aprovaram sem discussão alguma. Durante a primeira votação, o vereador Clécio Alves, que presidia a sessão, computou os votos de vereadores que nem se encontravam presentes no plenário da Câmara. Na segunda votação, outra manobra semelhante, com uma votação relâmpago, aprovada de maneira tão rápida que as pessoas que estavam na galeria foram perceber o resultado da votação apenas após a sua aprovação.

 

Em quarto lugar, a aprovação do reajuste da alíquota previdenciária não seguiu nem mesmo a legislação vigente. Ela não respeitou a Emenda Constitucional 103/19 (Reforma da Previdência), que prevê que os reajustes só podem acontecer mediante a ocorrência de um déficit atuarial. A empresa responsável pelo cálculo atuarial (ARIMA) apresentou um relatório em setembro ao Conselho Municipal de Previdência (CMP), demonstrando a existência de um superávit de mais de R$ 645 milhões. No mês de dezembro, a mesma empresa (ARIMA), apresentou um novo relatório bem questionável, apontando a existência de um déficit atuarial. Diante de tal discrepância, o Conselho Municipal de Previdência, rejeitou a proposta de aumento da alíquota e determinou um novo relatório, com a correção de várias dados, para cálculo atuarial real e não fabricado por conveniência política. Ao invés de esperar um novo relatório corrigido e realizar o debate público, a Administração adotou um outro caminho, o de enviar para a Câmara um projeto de reajuste da alíquota da previdência. Não seguindo o que determina a própria legislação municipal, em que qualquer proposta para o aumento da alíquota previdenciária deveria partir do Conselho Municipal de Previdência (CMP), a Administração enviou para a Câmara a proposta de reajuste da alíquota.

 

O atual aumento de alíquota representa o coroamento da Reforma Municipal da Previdência ocorrida no ano de 2018. Naquela época, devido a uma grande luta dos servidores, o prefeito não conseguiu aprovar à época o reajuste de 14%. Ele esperou o momento propício, o final de mandato e a dispersão das festas do final do ano, para complementar a reforma iniciada em 2018. Com a Reforma da Previdência Municipal complementada, a Administração Iris Rezende conseguiu se livrar de uma “dívida histórica”, jogando na conta do servidor público, e ainda conseguiu aumentar a contribuição dos servidores. Mais uma vez é o servidor que paga pelo descaso. Em um ano que não tivemos reajuste salarial, o prefeito reduz, na prática, o poder de compra dos servidores.

 

Vejamos o impacto financeiro para algumas categorias da educação.

 

 

 

Cálculo da mudança da contribuição previdenciária para TAE - Trabalhadores Administrativos da Educação.

 

 

Segundo projeto aprovado em dezembro de 2020, na Câmara Municipal de Goiânia, a contribuição previdenciária para servidores municipais foi reajustada de 11% para 14%.

A base para cálculo da contribuição previdenciária é o Vencimento + Adicional Incentivo( se houver no contracheque ) + Quinquênio( se houver no contracheque ). Assim, com essa soma, multiplicasse por 14 e dividisse por 100, assim como apresentado no exemplo abaixo:

 

 

Caso de Administrativo(a) de Nível III e Referência D.

 

Vencimento: 1239,47  

Adicional incentivo: 30,89

Quinquênio: 247,89

 

    Cálculo anterior para contribuição de 11% : 1239,47 + 30,89 + 247,89 = 1518,25

                                                                                       1518,25 x 11/100 ( 11% ) =  167

                                                                                                              

                                                 Cálculo atual para contribuição de 14% : 1239,47 + 30,89 + 247,89 = 1518,25

                                                                                                                          1518,25 x 14/100 ( 14% ) =  212,55

                                                                                                                                  

212,55 – 167 =  45,55

 

Caso de professor PII - Regente

O reajuste será em torno de R$81 - Aumentando 3%, subirá de R$ 330 para R$ 420 por mês.