quinta-feira, 5 de abril de 2018

INFORME DA REUNIÃO DO SIMSED (24/03)




INFORME DA REUNIÃO DO SIMSED (24/03)


No dia 24 de março aconteceu uma reunião do SIMSED na Faculdade de Educação da UFG e contou com a participação de vários trabalhadores.



A reunião teve como pauta: Informes gerais; análise sobre a situação política atual; acréscimos à pauta de reivindicações; discussão sobre o edital das OSCs no município; e organização da Assembleia do dia 5 de abril.


No primeiro ponto, foram repassados três informes. Começou com a não abertura da Administração para o diálogo com a categoria, mesmo depois de insistentes protocolos solicitando um diálogo sobre todas as demandas da categoria. A suposta reunião do Sintrego com o Secretariado não representa nenhum diálogo, pois não houve resposta a nenhum ponto da nossa pauta, não passou de uma cena, para ludibriar os trabalhadores. Outro problema levantado foi a situação de autoritarismo da SME, ultrapassando todos os limites, certamente para atender exigências de dados estatísticos, índices para liberação de verbas, ignorando o trabalho pedagógico dos coletivos de professores, à revelia, avançando alunos que foram retidos ano passado dentro do processo pedagógico legalmente previsto no sistema de Ciclo de Formação Humana, desautorizando ao bel prazer e sem justificativas pedagógicas legais, o trabalho exaustivo dos coletivos de professores, dos conselhos a quem compete essa tarefa, causando uma profunda revolta, visto que o trabalho já é penoso, pelas péssimas condições, tornando-o ainda mais sem significado. Isso aprofunda ainda mais a desmotivação para um trabalho pedagógico sério e revolta por este tratamento autoritário e humilhante. Diante disto, será apresentado uma representação ao ministério público, pois fere a autonomia e a dignidade do trabalho da Escola e de seu coletivo.

Além disso, observou-se outro informe grave sobre denúncias de funcionários fantasmas dentro de escolas, que também será levado ao MP para investigação.

Sobre o possível aumento do índice de cobrança da previdência, ainda será apurado, mas não se tem nenhum conhecimento oficial sobre o assunto.

No segundo ponto, na análise da situação política, mais uma vez, ressaltou que estamos em um momento muito crítico, de grandes ataques aos direitos dos trabalhadores. A situação que se apresenta hoje no Rio de Janeiro é o protótipo do que será o Brasil no futuro, pois tudo converge para um sucateamento do serviço público, junto ao discurso de falta de recursos, o arrocho salarial, levando à precarização profunda. A Morte da Marielle evidenciou e elucidou a farsa, levando muitos populares a uma reação espontânea contra esta política de Intervenção, entendendo que não resolve, pois não atacam as causas da violência, ao contrário, tenciona ainda mais o conflito e que o mesmo não passa de palco para distrair a atenção aos verdadeiros problemas políticos, ao mesmo tempo que passa a reprimir a população.

Ainda nesta perspectiva, foi dito que nós brasileiros, classificados pelas classes dominantes como habitantes de um país em desenvolvimento, estamos na periferia do Capital. Aqui se destina o lixo, o resto do que há de pior no capitalismo, o que explica todo o contexto de exploração que vem se intensificando ano a ano.

Quanto ao ponto que tratou sobre a pauta de reivindicações, foram apresentadas propostas de refazê-la com as fundamentações legais e argumentação, acrescentando outros pontos levantados pelos grupos, tais como: A recuperação do direito dos que estão em período probatório de obterem licença para acompanhar familiares; regularização do horário de entrada dos trabalhadores do noturno, de modo que não sejam obrigados a entrar às 16 h; pela liberação da licença prêmio de forma regular a todos de direito;  pagamento da Regência e Titularidade aos contratos temporários; OSCIP.

Por último, sobre o edital de convocação das OSCs divulgado este mês, foi apresentado o resultado de um estudo sobre o mesmo e diferentemente da mensagem circulada nos grupos por um apoio, que dizia que era apenas a continuidade dos antigos convênios, com uma regularização mais aprimorada sobre os mesmo, trata-se de questão distinta com o Edital das OSCs, que não se enquadram a modalidade de convênios que existiam na RME. As OSCs são "primas-irmãs" das OSs e a prefeitura apresentou a proposta dessas atenderem 5000 crianças da Educação Infantil. Não podemos nos deixar enganar, este processo de terceirização faz parte da mesma política de precarização da Educação, no nosso caso, da Educação Infantil, que vem sendo implementado nos últimos anos. Temos que lutar e denunciar à comunidade, para impedir que se concretize este processo em nosso município e levar essa discussão para todos os lugares, pois além de precarizar a educação, também será um caminho para o fim dos concursos públicos, pois os profissionais serão das OSCs não serão concursados.

Por fim, passou-se à organização da Assembleia distribuindo os trabalhos para o dia.