Neste último dia 08 de março, Dia internacional da mulher, as Trabalhadoras e Trabalhadores da Educação do município de Goiânia realizaram mais uma Assembleia para debater sobre os inúmeros problemas enfrentados na Rede Municipal de Ensino.
Vários trabalhadores fizeram falas denunciando, sobretudo, a irresponsabilidade da secretaria de educação que não organizou em tempo hábil a convocação dos aprovados no concurso, deixando essa situação vergonhosa do déficit de 1/3 das vagas, tornando inviável a continuidade do trabalho em diversas unidades de ensino.
Denunciaram também o descaso e preconceito do Prefeito Rogério Cruz para com os Trabalhadores Administrativos da Educação, promovendo a desavergonhada falta de isonomia, concedendo reajustes de salários a todos os outros setores, deixando apenas os Administrativos da Educação sem reajuste, e também por não enviar o Plano de Carreira para estes trabalhadores que estão vivendo situação degradantes com suas famílias por falta de salário justo.
Outras denúncias como a falta de autonomia pedagógica, a imposição de um processo de avaliações que visam o ranqueamento, o excesso de burocracia inútil, projetos pautados no esvaziamento pedagógico e de cunho neoliberal, déficit altíssimo de funcionários,
inúmeros direitos negados; gestão autoritária e propagação de fake News; punição aos trabalhadores doentes e sem direito ao tratamento pela inoperância do Imas.
Todas as falas reafirmaram que a única saída é a reorganização da luta e fazer o trabalho de "formiguinha" no sentido de conscientizar os Trabalhadores sobre o caos da realidade atual e sobre a importância de se levantar perante às injustiças sociais postas por essa gestão. Não há o que esperar de positivo dessa gestão, tampouco de acreditar em sindicato de carta sindical. A luta é feita pelos próprios Trabalhadores,
traçando estratégias, para que o corte de ponto não seja o fantasma, não podemos nos intimidar com qualquer ameaça.
Portanto, dentre as propostas levantadas, foram tiradas em votação as seguintes deliberações:
• Colocar como pauta da Greve Geral a abertura da prestação de contas detalhada e a reorganização e distribuição dos Recursos do Fundeb e FMMDE para todos os profissionais da educação;
• Formação de Comissões de comunicação, formação política e mobilização;
• Propor a todas as instituições de luta que produzam uma faixa de apoio à greve, ao Plano de Carreira dos Administrativos e colocar na frente da sua instituição;
• reunião online domingo às 19h;
• paralisação dia 14/03 e realização de um ato a ser definido na reunião de domingo;
• reunião presencial dia 16/03 pela manhã, para aprofundar os debates e organização de Comissões.
Ao final, foram deliberadas também a publicação réplica da nota dos trabalhadores do Abrigo Nizo Prego, denunciando que ao invés de obrigar a prefeitura a solucionar os problemas de
condições precárias,
o Juiz, numa canetada só, determinou a transferência da instituição para uma instituição filantrópica religiosa; bem como divulgar uma nota do simsed em apoio à greve dos trabalhadores da UEG.
Também foi lida e aprovada a pauta da categoria a ser protocolada - (foi protocolada logo após a Assembleia).
Avante!