segunda-feira, 6 de maio de 2019

NOTA DE REPÚDIO À METODOLOGIA ANTIDEMOCRÁTICA E ENGANOSA DA SME NA ELABORAÇÃO DOS DOCUMENTOS CURRÍCULARES!




NOTA DE REPÚDIO À METODOLOGIA ANTIDEMOCRÁTICA E ENGANOSA DA SME NA ELABORAÇÃO DOS DOCUMENTOS CURRÍCULARES. 


O SIMSED denuncia a metodologia utilizada pela  SME na elaboração de sua proposta curricular, em alinhamento com a BNCC - Base Nacional Comum Curricular. Todo esse processo, tanto em âmbito nacional como a nível estadual e municipal, tem por objetivo principal engessar a educação. Estas 
“reformas” curriculares estão completamente alinhadas com as determinações  das políticas neoliberais e possuem a clara intenção de não possibilitar uma  participação verdadeiramente efetiva da comunidade escolar nas discussões sobre o currículo, prevalecendo uma estrutura já estabelecida de cima para baixo. A consulta pública promovida pela SME serve apenas para criar um falso discurso de que a sua construção seguiu critérios democráticos e com uma ampla participação da sociedade, o que é completamente falso.


No dia 06 de maio ocorreu uma ação da SME que revelou todo caráter não democrático desse processo. Intitulada como “Dia D da BNCC”, reuniu todos os professores da rede para supostamente discutirem sobre a Base. Porém, a proposta da Rede foi divulgada apenas uma semana antes, impossibilitando um estudo anterior sistemático do texto proposto pela SME e limitando consequentemente o seu debate aprofundado. No “dia D” não foi oferecido nem mesmo cópias aos professores e esses tiveram que abrir o documento em seus celulares para fazerem as suas considerações em folhas que posteriormente foram entregues para os coordenadores e que supostamente serão incorporadas por uma comissão que ninguém conhece no texto final. Como vemos, a participação dos professores foi limitada e superficial, não permitindo discutir profundamente o sentido da Base e nem mesmo a sua aplicabilidade por áreas, cumprindo apenas uma formalidade para que depois a SME se arrogue como democrática na construção da BNCC.


Na rede estadual o processo também foi completamente não democrático. Apenas um grupo com pouco mais de 10 profissionais representou toda a rede na elaboração das diretrizes a serem implementadas futuramente em todo o Estado de Goiás para o currículo de EF. A rapidez desse processo foi absurda. As discussões e os debates sobre esse documento elaborado consistiu apenas em uma consulta pública, sendo semelhante ao que ocorreu nacionalmente no início da elaboração do documento, que apesar da suposta consulta, quase nenhuma das contribuições foram consideradas no texto final, permanecendo o já estabelecido pelos burocratas da educação.

Isso revela que as políticas educacionais estão  pautadas no controle, num  "processo democrático" ilusório, que na verdade é um processo antidemocrático, cujo objetivo visa apenas impossibilitar a reflexão dos professores sobre o verdadeiro sentindo da BNCC e o seu tecnicismo, principalmente não permitindo a construção de um espaço para as manifestações contrárias e o seu questionamento sistemático.

Por esse motivo o SIMSED repudia e resiste contra essas ações autoritárias, denunciando essas imposições que claramente são quase impossíveis de realizar e que visam estabelecer um neotecnicismo pedagógico.


Queremos uma Educação Democrática em todos os seus aspectos, principalmente no que tange a sua essência: os norteadores curriculares. Muito nos importa o que será ensinado e não queremos apenas preencher  formulários e rabiscar textos já estruturados.


Exigimos o direito de uma participação verdadeiramente e democrática na composição das propostas curriculares. Exigimos a revogação da BNCC e conclamamos todos os trabalhadores a lutarem contra todo o projeto neoliberal na educação.


É HORA DE LUTA! ABAIXO O NEOTECNICISMO EDUCACIONAL! ABAIXO A BNCC DO BANCO MUNDIAL!