sexta-feira, 20 de junho de 2014

REUNIÃO NA SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA: PREFEITURA NÃO COMPARECEU!!!!

Aconteceu hoje, 20/06, as 9:00 da manhã na Secretaria de Segurança Pública a 2ª reunião do Comitê de Gerenciamento de Crise. A prefeitura demonstrou desta vez seu total desrespeito não somente aos trabalhadores da educação, mas a todas as instituições representadas por esta reunião, afinal, não compareceram e nem justificaram a ausência! MP, Secretaria de Segurança Pública, Coronel Edson Alves, Vereadores, Comissão de direitos Humanos, Delegacia da polícia Civil, imprensa, e claro, a toda sociedade goianiense foram insultados pela prefeitura!









REPITO! A prefeitura não enviou nenhum representante para esta importantíssima reunião. 

Seu desrespeito foi ainda maior em relação ao Ministério Público, já que a prefeitura não compareceu e enviou a sua "proposta" pelo MP, como se este fosse "garoto de recado". Intransigente, desrespeitosa, vergonhosa, não sei do que chamar a atitude tomada pela prefeitura! 
Para piorar: a proposta não apresentava absolutamente nenhum avanço em relação as reivindicações da categoria, de tal forma que o próprio Comitê de Gerenciamento de Crise, que encaminhava a possibilidade de cumprir a reintegração de posse de maneira pacífica e imediata, não viu outra opção que não protelar a ação. Ao perguntarem ao movimento em que data isso poderia se dar, ouviu atentamente as falas dos companheiros presentes na reunião, que ressaltaram que estamos tendo bom senso, reduzimos a pauta, estamos dispostos ao diálogo e, principalmente, que somos extremamente respeitosos em relação a deliberação da assembleia de que só sairemos com a decisão da categoria e com negociação. Ressaltaram ainda que o que queremos é levar uma proposta e um posicionamento que convença a categoria a retornar ao trabalho e desocupar a Câmara. 
A proposta da Prefeitura é de formar uma comissão de negociação com a mediação do Ministério Público com nossa participação, além da participação do Sintego e do Sindigoiânia! E pior, disseram que somente seria formada esta comissão se primeiro encerrássemos a greve! 
Ora, que garantia temos disso? Lembrando que o ministério público mediou a última negociação e mesmo assim a prefeitura não cumpriu e não se compromete a cumprir o acordado em 2013. 
Ah, já ia me esquecendo. A outra proposta dizia que os eventuais cortes em maio já estavam encaminhados e que poderiam negociar o ponto de junho. Nem isso garantiram! Um disparate total! Lembramos a todos que caso realmente corte nós tomaremos as medidas legais e ninguém é obrigado a fazer a reposição, inclusive os trabalhadores da ocupação já se comprometeram a não repor!!!

Diante da total indisposição da prefeitura em negociar e atender minimamente as pautas, nem mesmo comparecer àquela reunião o Coronel Edson disse que não assumiria junto ao comitê o ônus de fazer a reintegração com uso da força sem nenhum posicionamento da Prefeitura. Ele abriu um precedente e garantiu que, mesmo com a decisão judicial, não haveria a reintegração até a data da nossa assembleia, terça-feira (24). Mais do que isso, junto ao Ministério Público, se comprometeu a interceder em relação algumas reivindicações, cobrando da prefeitura alguns pontos por meio de TAC e/ou solicitação, como o retroativo do piso, a data-base e o recesso escolar para os Administrativos, o corte de ponto dos trabalhadores e a multa ao SIMSED. Estes são os pontos que o Comitê intercederia diretamente, lembrando que essa nem é sua função. Já o MP garantiu que iria solicitar uma audiência com o Prefeito em relação as demais pautas como: a gratificação das auxiliares, os pontos do acordo do ano passado e que isto aconteça como condição colocada por nós para o encerramento da greve. 

Compreenderam  a situação? O Comitê de Gerenciamento de Crise, na figura do Coronel Edson, buscando resolver o impasse de maneira pacífica, percebeu que os nossos argumentos eram pertinentes e que toda a intransigência vinha da prefeitura. O que já era claro para nós agora foi escancarado a toda a imprensa que acompanhou toda a reunião. 

CORTES NA CÂMARA
Nesta mesma reunião foi levado um relatório do Superintendente de Recursos Humanos do Estado, que passou uma noite na Câmara para conhecer todas as violações a que fomos sujeitos. Tanto ele como a representante dos direitos humanos da OAB se posicionaram de maneira veemente em relação as condições a que estávamos sujeitos. 
Marconi Pimental, enviado pela Câmara, disse que o corte tinha sido autorizado pela mesa diretiva da casa, que isto não poderia ser mudado até nova votação, que só poderia acontecer na terça-feira. Disse ainda que, diante da crise eles tomaram uma medida "para se defender", ou seja, cortar água e luz para resolver a crise e nos expulsar desta maneira. 
Diante da grande resistência apresentada por nós, o direitos humanos disse que ficou provado que os cortes não resolveram a crise, já que os trabalhadores demonstraram que não deixariam a ocupação, e contrapondo este pretexto solicitaram o religamento da luz e água . Pimentel se mostrou intransigente e disse que não poderia fazê-lo, deixando claro que esta decisão competiria ao presidente da casa.

Encaminhamentos do Comitê de gerenciamento de crise:
- Não haverá reintegração até terça-feira as 16:00.
- Encaminhar algumas pautas que não têm impacto financeiro ao conhecimento da prefeitura e esperar uma resposta dela, positiva ou negativa, mas que ela se pronuncie.
- Não serão permitidas crianças na ocupação.

Em relação ao MP: 
- Tentar uma audiência com o Prefeito. 
- Levar ao conhecimento os pontos principais de nossa pauta.

Em relação aos direitos humanos: 
- Comparecer a ocupação para verificar as condições impostas
- Solicitar religamento das luzes e água. 

Em relação ao movimento:
- Fortalecer a ocupação e esperar alguma proposta do Paço.