Na tarde desta sexta-feira (01/04) os trabalhadores da rede municipal de educação de Goiânia estiveram reunidos, junto ao Comando de Greve do Simsed, no Centro Cultural Cara Vídeo para avaliarem, debaterem, compartilharem ideias e deliberarem acerca das próximas ações da categoria após 18 dias de greve na educação municipal.
Os presentes ressaltaram o caráter vitorioso desta greve desde seu início, envolvendo centenas de trabalhadores(as) em todos os atos, pautando o outro sindicato, que foi obrigado a dispensar a proposta miserável do prefeito - que vale o destaque, só foi feita por conta da Assembleia do Simsed do dia 15/02.
Conseguimos colocar a pauta justa para a educação: data base de 2020, 2021 e 2022 equivalente ao mesmo valor do Piso Nacional de 33,24%. Nesse período o Simsed e o Comando de Greve realizaram grandes atos em pontos centrais, parando rodovia, pressionando pelo diálogo, além de atos descentralizados em feiras, com panfletagens e ações culturais levando a pauta para os pais e também colhendo suas queixas.
No dia anterior à esta reunião, os trabalhadores e trabalhadoras da educação se deslocaram à inauguração do CMEI Vila Areião para reivindicarem negociação imediata e o cumprimento de seus direitos e acabaram sendo recebidos com truculência pela Guarda municipal e Romu, evento que contou com a presença nada ilustre do prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Republicanos), e do secretário municipal de educação Wellington Bessa (Democracia Cristã).
O episódio que ganhou as manchetes dos jornais e pautou a ordem do dia na cidade de Goiânia e no Brasil, foi marcado pela truculência e covardia da Guarda Civil Metropolitana de Goiânia e de sua tropa de elite ROMU, que agrediram uma professora com um soco no rosto, o que deslocou seu maxilar, lançaram bombas de gás e spray de pimenta nos trabalhadores e detiveram violentamente 2 professores, que só foram liberados no fim do dia, após pressão da categoria e da repercussão na opinião pública.
Por conta dessa repercussão que revelou como o prefeito Rogério Cruz trata os grevistas, a prefeitura fez uma encenação de negociação, convocando apenas a representante Mor do Sintego e um do Conselho Municipal de Educação. Proposta esta que, até a data de hoje, absurdamente estão mantidas em sigilo.
A reunião do Comando de Greve foi muito produtiva e destacou a importância de toda categoria comparecer na Assembleia do Sintego para impedir as velhas manobras desse sindicato, que está guardando à sete chaves a proposta, para passa-la goela abaixo dos(as) trabalhadores, sem ao menos um tempo para reflexão e debate, feito trator por cima da semeadura.
Seguem as deliberações:
•Participação na Assembleia do sintego, para impedir as manobras e alertar a categoria;
•Pressionar para que o sindicato burocrático divulgue a proposta para a categoria ter certeza, primeiro, que está existe mesmo, e em segundo, para poder ter tempo de análise;
•Buscar os colegas que não aderiram à greve para fortalecer o movimento;
•Reunião online do comando de greve/simsed, no domingo, dia 03/04, às 19h;
•Judicializar os ataques feitos em páginas contra os colegas injustamente detidos;
•Organizar campanha de filiações e contribuição para o Simsed;
•Buscar dados das instituições em greve;
•Realizar uma live para a colocação dos pontos principais dessa reunião;
• Cobrar da prefeitura uma retratação pública sobre o episódio do dia 31/03, principalmente em relação à agressão à professora Juliana;
•Organizar um ato de mulheres, convidando outras entidades, na frente da sede da Guarda Municipal;
Categoria, esse é o momento decisivo. Vamos à luta! Vamos cobrar a divulgação da proposta, não podemos aceitar qualquer migalha, nem para um segmento e nem para outro, não podemos cair na separação da categoria. Caminhemos juntos!
Avante!!!
Sigamos firmes e unidos!!!
