domingo, 11 de fevereiro de 2018

EXIGIMOS A PUNIÇÃO DO GUARDA RAYONE PERES AZEVEDO PELA PRÁTICA DA TORTURA CONTRA OS TRABALHADORES DA EDUCAÇÃO, SOB O MANDO DO PREFEITO IRIS REZENDE E DO SECRETÁRIO MARCELO!










O SIMSED exige a punição do guarda municipal Rayone Peres Azevedo, que torturou os trabalhadores da educação obedecendo as ordens do prefeito de Goiânia, Iris Rezende, e do secretário de educação, Marcelo Ferreira, durante a desocupação da SME na última greve dos trabalhadores da educação.

Durante a desocupação da SME, ocorrida em nossa última greve, o guarda municipal Rayone Peres Azevedo era o mais agressivo e gritou publicamente, no local do fato, que ele estava no comando da operação. Ele ordenou que os trabalhadores detidos depois de realizada a operação de desocupação, fossem levados para um corredor isolado dentro da SME, onde iniciaram uma sessão de tortura comandada e executada pelo mesmo. O guarda Rayone bateu covardemente nos trabalhadores algemados, colocou o pé sobre as costas das pessoas, impediu que fossem ao banheiro, além de ter xingado e humilhado todos os detidos.

Essa atitude demonstra toda a covardia desse sujeito, que usou da farda, das armas, para praticar ato tão torpe. Ele só fez tais atrocidades devido contar com o total respaldo do prefeito e do secretário de educação, que são corresponsáveis por ele cometer tais barbaridades contra os trabalhadores. Esse ato foi tão absurdo, pois todos se encontravam rendidos com algemas quando sofreram esses abusos. Agressão dessa maneira, com pessoas rendidas, é caracterizado como tortura e apenas depois de duas horas do início da sessão de tortura contra os trabalhadores que os detidos foram encaminhados para o IML, onde fizeram exame de corpo de delito, que pôde comprovar todas as marcas de tortura e somente depois foram encaminhados para a delegacia.

Esse crime não pode ficar impune. Exigimos a punição do guarda municipal Rayone Peres Azevedo, torturador de trabalhadores da educação, que agiu sob o comando do prefeito Iris Rezende e do secretário Marcelo Ferreira.

sábado, 10 de fevereiro de 2018

PROMOTOR MANDA INVESTIGAR GUARDAS MUNICIPAIS QUE AGREDIRAM TRABALHADORES GREVISTAS!










No dia 07/02 ocorreu uma audiência no Primeiro Juizado Especial, onde os Guardas Municipais do ROMU (Tropa de Choque) foram acusados de perpetrarem agressões contra os trabalhadores da educação.

Esse fato ocorreu na Secretaria de Educação, que deveria ser a casa dos trabalhadores, mas que foi o palco de uma brutal repressão política. Devido a negação de em estabelecer qualquer forma de diálogo com os trabalhadores, os grevistas decidiram realizar um protesto na SME e disseram que só iam sair do local quando fossem recebidos pelo secretário de educação, Marcelo Ferreira. Os trabalhadores permaneceram na SME aguardando o secretário, que ao invés de dialogar, ordenou que os guardas retirassem os trabalhadores à força do local. Toda essa ação contou com o respaldo do Prefeito Iris Rezende, que depois do fato parabenizou os guardas e legitimou as ações repressivas em uma entrevista coletiva realizada no dia seguinte ao fato.

A ação da Guarda Municipal foi totalmente desproporcional e revelou como são fascistas. Chegaram ao local disparando tiros de borracha e bombas à queima roupa dos manifestantes, atingindo vários trabalhadores em locais sensíveis, como nos olhos, nas pernas e em outras partes do corpo. Se portaram como verdadeiros animais selvagens e sedentos por sangue dos trabalhadores ao praticarem o terror.

O guarda municipal Rayone Peres Azevedo era o mais agressivo e falou que estava no comando. Ele ordenou que os trabalhadores detidos depois da operação fossem levados para um corredor isolado dentro da SME, onde iniciou uma sessão de tortura. O guarda Rayone bateu nos trabalhadores algemados, colocou o pé sobre as costas das pessoas, impediu que fossem ao banheiro, além de ter xingado e humilhado todos os detidos. Essa atitude demonstra toda a covardia desse sujeito, que usou da farda, das armas e do respaldo do prefeito e do secretário para cometer tais barbaridades contra os trabalhadores. Esse ato foi tão torpe, pois todos estavam rendidos e ainda sofreram esse tipo de abuso. Depois de duas horas de tortura, os detidos foram encaminhados para o IML, onde fizeram exame de corpo de delito, que comprovou todas as marcas de tortura e foram para a delegacia.

Como se não bastasse, a prefeitura realizou uma denúncia contra os trabalhadores na Polícia Civil, alegando invasão de patrimônio e perturbação da ordem. Os trabalhadores foram absolvidos pela Justiça de todas essas injustas acusações.

Indignados com esse fato absurdo, dois vereadores, Jorge Kajuru e Priscila Tejota, enviaram um ofício para a Polícia Civil solicitando a investigação do caso. Com a instauração do inquérito policial, foram colhidos os depoimentos das vítimas e dos guardas municipais. Nesse ato, a Polícia Civil recebeu as filmagens e fotos, pois principalmente as vítimas reuniram todas as imagens em dois CDs, que foram juntados ao inquérito.

A investigação da Polícia Civil foi totalmente mal feita, demonstrando que não estavam interessados em apurar de fato o caso, agindo apenas no cumprimento formal de obrigações legais. Segundo o inquérito policial, foi apurado que ocorreram apenas dois crimes: lesão corporal leve e o crime de constrangimento ilegal. Todos os fatos de tortura e até tentativa de homicídio, foram ignorados pelo inquérito policial.

Após o inquérito, a Polícia Civil encaminhou para o Tribunal de Justiça, onde foi distribuído para 28ª promotoria de justiça. A promotora responsável entendeu que não tinha sido individualizada a conduta dos agentes da guarda e ao invés de solicitar uma melhor investigação por parte da Polícia Civil ou ela mesmo fazer a investigação, de maneira absurda, simplesmente ela excluiu o crime de lesão corporal e encaminhou para o juizado especial, pois, segundo ela, como não tinha ficado individualizado o crime de lesão corporal, entendendo apenas ter configurado o abuso de autoridade, crime era de menor potencial.





Na audiência do dia 07/02, a 72ª promotoria de justiça divergiu do entendimento da promotora da 28ª, pois considerou que apenas a soma do crime de constrangimento ilegal já daria 8 anos, o que extrapolaria o limite do juizado especial. O promotor teve esse entendimento devido a várias pessoas terem sido vítimas e a soma das penas daria mais de 8 anos e como os guardas municipais cometeram os mesmos crimes com várias pessoas, soma-se essas penas. Esse é um princípio básico do direito penal, mas foi ignorado pela 28ª promotoria e ainda bem que foi alvo de divergência do promotor da 72ª. Outra divergência do promotor é que o MP deve investigar e se o crime não ficou individualizado, pois vemos claramente que a Polícia Civil fez o serviço mal feito (existia o laudo do IML, não fez reconhecimento, não viu os vídeos e fotos, em suma, não fez a investigação). O promotor entendeu que o MP deveria ter feito esse tipo de investigação ou mandado a Polícia fazer. Além do mais, o MP tem a obrigação de mandar a polícia investigar direito se o inquérito estiver com uma investigação incompleta.

Como se estabeleceu o conflito entre os dois promotores, o promotor da 72ª não podia passar para cima da outra promotora da 28ª, pois os dois estão no mesmo grau de hierarquia. Então, ele mandou para o procurador geral do MP, Benedito Torres, e é ele que vai analisar e decidir se o MP deve investigar melhor, aí nesse caso vai mandar para a Justiça comum, ou se ele vai entender que está tudo certo e vai manter no juizado especial.

Na avaliação do SIMSED, a decisão do promotor da 72ª promotoria foi uma vitória de uma batalha, pois estávamos descrentes, acreditando na conivência do MP e da Polícia com o crime da guarda, que a tortura, o cárcere privado, as mãos na cabeça, o pé no pescoço, ficariam impunes. A decisão do promotor comprova que a Polícia Civil deveria ter realizado uma melhor investigação. Só de bater em trabalhadores rendidos pode ser caracterizado como tortura. Essa atitude da Polícia Civil serve apenas para legitimar e respaldar a repressão da guarda municipal. Quando não acontece nada, a agressão vai aumentando. Em 2015 a guarda bateu com cassetetes na cabeça e agora foi com bala de borracha. Como a agressão no Paço Municipal não teve consequências e nenhum guarda foi denunciado pelo MP e sim dois professores foram denunciados, a guarda continuou agindo dessa maneira. Lembrando que as vítimas tinham protocolado vários vídeos demonstrando as agressões dos guardas e mesmo assim alegaram que não haviam conseguido identificar ninguém. É absurdo esse tipo de postura de parte do MP e da Polícia Civil, pois legitima a ação truculenta da guarda.

Esse crime não pode ficar impune. Exigimos a punição do prefeito Iris Rezende, do secretário Marcelo, do comandante da guarda e do guarda municipal Rayone Peres Azevedo, torturador de trabalhadores da educação.

RELATÓRIO DA REUNIÃO DO SIMSED (03/02)









O SIMSED - Sindicato Municipal dos Trabalhadores da Educação de Goiânia - realizou uma reunião no dia 03/02. Essa reunião foi convocada através de todos os canais de comunicação, tanto do SIMSED (blog, grupos de Whatsapp, etc.) como em vários outros veículos virtuais de comunicação (Facebook, e-mail, etc.). A reunião foi pública e aberta, contando com a participação de vários trabalhadores pertencentes tanto ao quadro dos administrativos, dos auxiliares e dos professores.

A pauta foi votada e aprovada por todos os presentes, que definiram os seguintes pontos: 1. Informes; 2. Situação política; e 3. Planejamento.


1.       A discussão iniciou com alguns informes sobre a situação da Rede Municipal e as cobranças que o SIMSED fez ao secretário de educação, particularmente da conversa com o Mario e sua resposta sobre algumas demandas da categoria.   


2.       O segundo ponto de pauta, sobre a Situação política do Brasil e do município, foi avaliado que as classes dominantes vão intensificar a sua rapina sobre o povo brasileiro e que o servidor está na mira das contrarreformas. Foi discutido que todos os cortes no orçamento federal e a política de “austeridade” servem apenas para o pagamento da dívida pública, impulsionando as contrarreformas, como a da previdência, e de que o momento é aumentar a propaganda e agitação contrarias a essa política e organizar os trabalhadores da educação para a luta contra todo esse sistema que está querendo culpar o trabalhador pelos problemas do país.

3.       O terceiro ponto de pauta foi o planejamento de ações. Discutimos sobre a importância de organizarmos um ato no dia 08 de Março, como forma de lembrar o Dia Internacional da Mulher proletária. Apontamos que é importante aproveitarmos essa data para a realização de uma grande Assembleia com a participação dos Trabalhadores da Educação, com o objetivo de avaliar junto da categoria as ações de resistência contra a precária situação das instituições, o não pagamento da data-base, o não pagamento do Piso, o não pagamento dos 30% dos auxiliares, além de outras demandas, como as Diretrizes (que foram divulgadas incompletas e sequer  foram discutidas com os trabalhadores e muito menos aprovadas pelo Conselho Municipal da Educação, mas mesmo assim, antes mesmo de serem aprovadas, já estão sendo seguidas: como foi o caso da  eleição para coordenadores, que mostrou ser uma eleição antidemocrática; os pedagogos dando aulas no ciclo II, no lugar de professores de área de português e Matemática; dentre outros problemas). 

Também foi definido que iremos fazer um Bazar no segundo domingo de cada mês, para ajudar nas despesas diárias do SIMSED, como o pagamento dos Advogados e outros gastos.       


No final da reunião tiramos um calendário:
            
·         No dia 06/02 apoiar a reunião dos aprovados no concurso que estão na lista de espera.
·         No dia 07/02 participar da Ação em que a Guarda Municipal é acusada pelos crimes cometidos durante a desocupação da Secretaria de Educação durante a greve;
·         Realização de um ato no dia 19/02, às 17 h, na Praça do Bandeirante. Esse é o dia de votação da Reforma da Previdência no Congresso Nacional.
·         Apoio à paralisação do dia 05/03, com a realização de um ato dos administrativos e auxiliares no Paço Municipal, com o objetivo de cobrar do prefeito a data-base dos administrativos e os 30% das auxiliares.                      
·         No dia 08/03, realização de Assembleia Geral dos trabalhadores da educação.
·         No dia 11/03, realização de Bazar para custear as despesas do SIMSED.