domingo, 21 de maio de 2017

NOTA DE REPÚDIO AO AFASTAMENTO DA DIRETORA HELIANY


O Sindicato Municipal dos Servidores da Educação de Goiânia (SIMSED) vem a público, através desta nota, repudiar veementemente a absurda atitude da Prefeitura de Goiânia que afastou de seu cargo de Diretora do CMEI Professora Darly, a servidora Heliany Wyrta, escolhida democrática e livremente pela comunidade para essa função.

No mesmo ato, a arbitrária gestão do Prefeito Íris Rezende, instaurou uma sindicância contra a Professora Heliany, na qual a servidora é acusada de descumprir orientações, sendo estas em total desacordo com o estado de greve em que se encontrava a instituição escolar e desprovidas de documento que as respaldasse.

A servidora Heliany Wyrta, desde sempre, tem atuado de forma ativa e combativa em defesa da educação  no município de Goiânia. Assim, com o intuito de inibir a participação desta professora no movimento grevista, com o velho, falacioso e ilegal discurso de que diretor/a não podem se envolver neste tipo de movimento, desde o início, a referida servidora vinha sofrendo uma série de coações e ameaças, além de cobranças impróprias durante o período de greve.

Ora, sabemos que o direito à greve não se restringe a este ou aquele cargo. Todos os trabalhadores podem usufruir do direito constitucional à greve, bem como o direito à livre manifestação. Ignorando tais direitos, além das ameaças, a Secretaria Municipal de Educação (SME) insistiu em coagir a diretora Heliany, fazendo-lhe solicitações incoerentes com a situação de greve e sem respaldo legal e por escrito, bem ao gosto das velhas práticas abusivas e ardilosas, em que tenta jogar a responsabilidade de atitudes escusas sobre a direção das instituições escolares.

Não obstante o caráter arbitrário dessas atitudes já mencionandas, a Prefeitura de Goiânia abriu uma sindicância contra a diretora, afastando-a do cargo e lotando-a temporariamente em outra instituição.

Entendemos que a verdadeira motivação desse ato deliberado pelo prefeito Íris Rezende e pelo secretário de educação, Marcelo Costa, é a punição de uma trabalhadora que ousou romper com a maléfica tradição que transformava muitos trabalhadores corajosos e lutadores em simples peças da máquina opressora das gestões públicas ao serem alçadas à condição de diretores ou diretoras das instituições educacionais públicas.

Tudo isso evidencia o descaso da atual gestão, que além de não resolver os problemas do município, já havia demonstrado seu total desrespeito e falta de diálogo com a comunidade goianiense quando ordenou a covarde agressão aos trabalhadores e às trabalhadoras da educação municipal pela tropa de elite da Guarda Civil Metropolitana, a ROMU, dentro do prédio da Secretaria Municipal de Educação no dia 26 de abril de 2017.

Essa perseguição à diretora se configura em mais um capítulo da criminalização da luta popular em nossa capital, bem como em outras regiões desse país.

Sendo assim, exigimos a revogação imediata do ato que afastou a Professora Heliany Wyrta do seu cargo e a retirou de seu local de trabalho, bem como, o arquivamento dessa insidiosa sindicância.Exigimos a recondução da servidora para a direção do CMEI Professora Darly, situado à Avenida Solar, Setor Urias Magalhães, Goiânia, Goiás.

Pelo fim às punições aos trabalhadores e às trabalhadoras que, corajosamente, se colocam na linha de frente dos movimentos sociais por melhorias nas condições de vida da população. Que tenha fim essa campanha infame e injusta contra a luta popular.

Basta de perseguição!
Abaixo a repressão!