sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

INFORMES SOBRE A CONVOCAÇÃO DO SECRETÁRIO MARCELO À CÂMARA









NO DIA 19 de Dezembro de 2018, o SIMSED, juntamente com os trabalhadores da educação, estiveram presentes na Câmara Municipal para pressionar o Secretário Marcelo Costa, que foi convocado pela Vereadora Sabrina Garcêz para explicar sobre os vários problemas que vem acontecendo na Rede Municipal de Educação, como a questão dos excedentes, do fechamento do ciclo 3 e da transferência dos estudantes de 4 e 5 anos de educação Infantil de CMEI para às escolas.




Depois de fugir de todas as formas do debate público, demonstrando o seu espírito autoritário, o secretário Marcelo foi obrigado a comparecer na Câmara devido a uma convocação da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), proposta pela vereadora Sabrina Garcêz. Com essa audiência descobrimos o motivo do medo do secretário de educação, pois as suas respostas evasivas e a não demonstração de fundamentos legais para as suas ações, demonstra o seu total despreparo.

Infelizmente, a dinâmica da convocação pela CCJ não permitia com que os professores pudessem falar ou perguntar diretamente ao secretário. Tinham que fazer questionamentos por escrito para a vereadora, que depois o questionava. Mas as suas respostas foram todas evasivas e não condiz com a realidade que enfrentada pelos trabalhadores. Não há outro caminho além do da luta!!!!



ALGUNS QUESTIONAMENTOS


Sobre os excedentes, ele disse que os professores de área vão trabalhar no ciclo 2. Afirmou que a responsabilidade da prefeitura é com a Educação Infantil e a primeira fase do ensino fundamental, que não possui responsabilidade com o Ciclo 3, que essa modalidade é compartilhado com o ESTADO.  Porém, não esclareceu qual a porcentagem é essa do dever de cada esfera para atender esses alunos do ciclo 3. Com essa posição evasiva, o secretário continua fazendo com que a comunidade fique à mercê da boa vontade do estado e do município, contribuindo com a evasão escolar de centenas de crianças.

O secretário disse que o critério para a excedência será do professor com o menor tempo na instituição, que ficará excedente o professor com mais tempo de rede, mas com menor tempo de instituição. O secretário não demonstrou a base legal para tal interpretação e de onde retirou tais critérios. Hoje, existem vários casos de professores que ficaram anos na mesma escola e ficaram excedentes por que eram mais novos de rede daquela instituição, agora que ele foi transferido pra outra escola e está um ano na escola, vai ficar excedente novamente, pois é o mais novo da instituição. Com essa posição do secretário, esses professores ficarão excedentes eternamente, mudando de escolas para sempre, pois sempre serão os mais novos de instituição. Portanto, o posicionamento do secretário não resolve minimamente o problema e mantém a insegurança nos trabalhadores.

Os professores também questionaram outro aspecto, o ingresso dos professores de área no Ciclo 2. Antes, professores de área não podiam lecionar no ciclo 2 e ficavam excedentes se fossem mais novo de rede. O secretário não soube explicar e muito menos apresentar uma base legal para os seus atos.


O secretário também foi questionado sobre a transferência das crianças de 4 e 5 anos dos CMEIs para as escolas. Foi questionado pelos vereadores sobre a preocupação dos pais, pois não têm onde deixar os seus filhos, e no caso de mães que sustentam as suas casas sozinhas, estará causando um grave problema social. O secretário apenas usou um artifício retórico e desviou o assunto, dizendo que as mães das crianças mais novas também precisam das vagas e que isso será garantido.

Percebemos que em nenhum momento o secretário falou em construção de mais CMEIs ou apresentou um plano para minimizar os atuais problemas. Queremos a construção de prédios públicos de boa qualidade e que receba essas crianças de acordo com o que propõe os documentos de Indicadores de qualidade, o que é bem diferente da política adotada pela SME.

Sobre a estrutura das escolas para receber essas crianças menos, o secretário disse que o ano ainda não terminou e que até o início do ano tudo estará organizado. Os professores questionaram e disseram que não querem as salas modulares, que é uma precarização da educação.

Ao ser questionado sobre a falta de Professores, disse que no município não tem déficit, inclusive, afirmou que no município de Goiânia são os pedagogos que atendem na educação infantil e que isso nem é obrigatório.


AVANTE COMPANHEIROS, SÓ COM LUTA QUE PODEREMOS REVERTER ESSA SITUAÇÃO!


NAO às escolas e CMEIS de contêineres (salas modulares)!

Queremos a construção de prédios públicos para CMEIS e ESCOLAS e uma educação de qualidade!

Queremos CMEIS de tempo integral para crianças de 0 a 5 anos e 11 meses!