quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

INFORMES SOBRE A AUDIÊNCIA PÚBLICA NA CÂMARA MUNICIPAL SOBRE OS EXCEDENTES, FECHAMENTO de TURMAS DE CICLO 3 e TRANSFERÊNCIA DE CRIANÇAS De 4/5 ANOS PARA AS ESCOLAS.









No dia 12 de dezembro ocorreu uma importante Audiência Pública na Câmara Municipal sobre os trabalhadores excedentes, a transferência de crianças de 4 e 5 anos dos CMEIs para as escolas e sobre o fechamento de turmas do Ciclo 3 (7, 8 e 9º).


Essa audiência foi presidida pela Vereadora Sabrina Garcêz e foi convocada devido a um pedido do SIMSED, motivado pelos graves e atuais problemas da Rede Municipal de Educação.


Estiveram presentes na audiência vários trabalhadores da Rede Municipal, pais e mães de estudantes, além de outras pessoas da comunidade. Todos esses estão sendo diretamente prejudicados pelas recentes políticas adotadas pelo secretário Marcelo Ferreira.


Para essa audiência, a vereadora Sabrina Garcêz convidou o Ministério Público, o Tribunal de Contas, o Conselho de Educação e o Secretário de Educação. A promotora Fabiana Zamaloa não compareceu, demonstrando que o Ministério Público não se importa em esclarecer e dialogar com a comunidade escolar sobre as suas ações, que impactam na vida de centenas de trabalhadores e crianças da cidade. Da mesma forma, o Tribunal de Contas também não compareceu, demonstrando uma negligência aos problemas educacionais. Das entidades convidadas, apenas o Conselho Municipal de Educação esteve presente na audiência.


O secretário Marcelo Ferreira agiu covardemente e não compareceu, enviando alguns dos seus auxiliares.  Mais uma vez demonstrou o seu desrespeito e autoritarismo ao não comparecer na audiência pública, que é um espaço de diálogo e debate com a sociedade. Isso comprova que na agenda do secretário não existe espaço para o diálogo, para conversar com pais, mães e muito menos com os trabalhadores. Em sua concepção, as suas políticas sempre vem de cima para baixo e precisam ser acatadas sem o amplo debate público.


Os auxiliares do secretário Marcelo não levaram nenhuma resposta concreta para os presentes e nem foram com o espírito voltado para o diálogo, no sentido de escutar as demandas da comunidade e dos trabalhadores e tentar encontrar uma alternativa ou até mesmo recuar em alguma questão. Foram com o espírito fechado, apenas para justificar com argumentos insuficientes as ações da SME. A maior parte das questões apresentadas não foram justificadas de forma satisfatória, continuando as dúvidas e incertezas.

Os trabalhadores e as famílias cumpriram o seu papel e manifestaram a sua total discordância e repúdio as atitudes autoritárias do secretário Marcelo Ferreira. Sem embasamento legal, totalmente prejudicial à saúde psicológica dos trabalhadores e que representa um descaso com as crianças e adolescentes, filhos de trabalhadores que necessitam de uma educação de qualidade e com segurança, essa foi a tônica geral das críticas apresentadas.

O SIMSED aproveitou a oportunidade para denunciar o descaso e o desmantelamento da educação no município de Goiânia, que ocorre em uma proporção sem precedentes. Além da total desorganização, falta de planejamento e transparência, motivados apenas por meio de ofícios e recortes de documentos, sem nenhuma assinatura e sem passar sequer pelo Conselho Municipal de Educação, a maior parte dos atos da Administração são aleatórios, sem sentido pedagógico, causando apenas danos à vida dos trabalhadores, dos estudantes e de suas famílias, numa total irresponsabilidade e inconsequência do Secretário Marcelo, com a conivência do MP, que ao invés de defender a educação pública, se posicionam ao lado Administração, como verdadeiros advogados de defesa da prefeitura. Estes, que que deveriam zelar por uma educação de qualidade para a população Goianiense, agem em conluio contra a educação e os direitos da população.

RESOLUÇÕES

Ao final da audiência pública, a Vereadora solicitou oficialmente os documentos que comprovem a real necessidade desses atos da Administração Pública - o acordo com o Estado para a transferência do Ciclo 3; diretrizes escolares, estudo de rede, etc. –, além do compromisso em realizar a convocação do secretário Marcelo Ferreira via CCJ, já que esse se recusou comparecer como convidado e agora vai ser obrigado a comparecer na Câmara.


A vereadora também informou que foi instalada uma Comissão Especial de Investigação (CEI) para investigar a gestão do secretário Marcelo, inclusive, com competência para investigar todos os aspectos da Secretaria de Educação, incluindo a questão das modulações e outros dados.

O Conselho Municipal de Educação também informou que realizará uma reunião em que debaterá sobre as questões levantadas na audiência pública, onde tomarão uma posição da entidade.

O SIMSED conclui que a educação em Goiânia está um verdadeiro caos e somente com a luta podemos reverter essa situação. A Educação Infantil e o Ensino Fundamental passam por sua maior ameaça e as ações do secretário Marcelo Ferreira e do prefeito Iris Rezende estão voltadas para a precarização do ensino e do trabalho docente. Por isso temos que lutar, pois se não nos organizarmos em defesa dos nossos direitos e das crianças, a situação só tende a piorar cada vez mais. A audiência pública foi um importante instrumento de pressão e demonstra a necessidade de continuarmos na luta constante.


O secretário Marcelo Ferreira foi convocado a estar presente na Câmara na próxima quarta-feira, dia 19 de dezembro, e temos que comparecer em peso para cobrar um posicionamento favorável aos trabalhadores, a comunidade e principalmente aos estudantes.