Como todos sabem, o assédio moral é crime. Infelizmente, ele
é uma prática corriqueira na Rede Municipal de Educação, estimulada pelos
chefes da SME, que ao fazerem vistas grossas ao problema, legitimam esse tipo
de prática criminosa.
Foi assim que ocorreu na Escola Governador Olinto de Paula
Leite. A diretora Valdeci Justino da Silva há anos pratica o assédio moral
contra os profissionais da educação que apresentam a mínima divergência com a
mesma. Dessa maneira, esses
trabalhadores acabam por não aceitar a maneira autoritária como essa diretora
gere a escola, com intimidações, perseguições e provocações. A diretora Valdeci
se aproveita do fato dessa escola ser conveniada com o Lyons Club e por isso
não acontecer eleição para diretor(a), o que é um fato absurdo que fere a
Constituição e a LDB, em que prevê a gestão democrática do ensino.
A diretora Valdeci já foi denunciada inúmeras vezes na SME
por seus abusos e nenhuma medida foi tomada, a não ser a proteção da mesma, que
já trabalhou no Centro de Formação e possui grande influência política na Rede
Municipal. Em todos os casos anteriores ao da professora Sandra de Almeida
Ferreira, como não houve uma solução por parte da SME, os trabalhadores
acabaram pedindo remoção da escola ou se submetendo, aumentando a tirania dessa
diretora assediadora.
A diretora Valdeci Justino iniciou um terrível assédio moral
contra a professora Sandra de Almeida Ferreira no início do ano de 2017. Ela
começou a desqualificar todo o trabalho desenvolvido pela professora Sandra,
tentando jogar as famílias contra a professora, o que foi em vão, cortando o
ponto dessa professora nos dias em que a mesma estava frequentando cursos de
formação da própria SME, entre outras medidas. Inclusive, a diretora Valdeci chegou
a enviar relatórios para a SME afirmando que a professora Sandra era incapaz de
reger uma sala de aula pela falta de formação em educação infantil, sendo que a
professora Sandra é doutoranda em educação e uma grande estudiosa no assunto.
Por último, a diretora Valdeci agrediu a professora Sandra dentro da Escola, o
que acarretou em uma sindicância, em que foram apurados todos os crimes
cometidos pela mesma.
Outro fato absurdo foi a falta de solidariedade dos colegas de
trabalho. Aqueles ligados à direção, como os coordenadores, ajudaram
diretamente no assédio contra a professora. Os outros colegas se calaram,
fechando os olhos para o que estava acontecendo na escola. Em resumo, a
professora Sandra não encontrou nenhum respaldo de nenhum daqueles que deveriam
ser seus "pares". Inclusive, o SIMSED visitou a escola um dia após a
agressão contra a professora Sandra, onde solicitou solidariedade dos colegas,
e muitos se recusaram a escutar o SIMSED e falaram que nunca tinham visto
nenhum assédio da diretora e que a professara Sandra nunca tinha relatado nada
ao grupo. Durante a conversa do SIMSED com o grupo da escola, a diretora
Valdeci permaneceu na porta da sala, pedindo para que a reunião acabasse logo,
em postura intimidadora, demonstrando o seu poder de assédio sobre todos os
trabalhadores, sem que os mesmos percebessem tal submissão. No curso do
processo, a professora Sandra, além de não contar com o apoio desses colegas de
trabalho, alguns deles tiveram a "coragem" de ir à Comissão de
Sindicância para relatar mentiras. Porém, as contradições em seus depoimentos
eram tão esdrúxulas que foram desmascarados pelos interrogadores, que exigiram
a verdade e a obtiveram, gerando provas contundentes que levaram a punição da
diretora assediadora, Valdeci.
Depois de apuração da Comissão de Sindicância ficou
constatado o assédio moral contra a professora Sandra. A diretora Valdeci foi
punida com 15 dias de afastamento do trabalho. Essa punição foi muito branda
diante de todos os crimes cometidos contra a professora e inúmeros outros
trabalhadores dessa instituição, mas foi a prova de que ela estava cometendo os
crimes pelos quais foi acusada. Esse fato também demonstra que todas os
trabalhadores vítimas de assédio moral não podem ficar calados, precisam
denunciar e agir contra essa prática infame, pois assédio moral é um crime e o
SIMSED estará sempre ao lado dos trabalhadores vitimados por essa situação.
A professora Sandra solicitou remoção da instituição depois
de todo esse assédio, o que foi autorizado pela comissão. Mesmo após punição, a
diretora insiste em disseminar mentiras na escola, dizendo que a professora
Sandra recebeu uma punição maior do que a da diretora, pois foi removida,
ignorando completamente a sentença completa, que publicamos agora integralmente
logo abaixo, com o claro objetivo de tentar intimidar os outros profissionais da
instituição e continuar com as práticas autoritárias e assediadoras. A diretora
Valdeci Justino fez cópias apenas da última folha do documento abaixo e está
difundindo para todos os trabalhadores essa inverdade, tentando ocultar que ela
foi considerada como culpada e punida por seus crimes.