domingo, 4 de junho de 2017

ATO NO MUTIRÃO DA PREFEITURA (CONTRA O CORTE DE PONTOS) - 03.06.17


Os trabalhadores da educação estiveram presentes no Mutirão do setor Balneário, no último sábado com a presença do prefeito senhor Íris Rezende e na oportunidade denunciaram o corte de ponto por meio de palavras de ordem, faixas e cartazes e exigiram a devolução do salário, bem como a reposição de aula aos estudantes. 

O corte de ponto foi uma ação totalmente intimidatória, inédita em Goiânia,  que coloca a sobrevivência e a  dignidade de inúmeros trabalhadores da Educação em risco, já que a maioria dos servidores são arrimo de família, prejudicando a alimentação, o tratamento de saúde e inclusive o comparecimento ao trabalho. 

O prefeito Íris Rezende adotou uma postura para intimidar aos que são contrários à sua administração, pelo CAOS que se instaurou na saúde, na educação, dizendo inclusive aos presentes: "Me respeitem! Não sou Paulo Garcia!", citando a gestão anterior,  lembramos ainda, que foi  Íris que iniciou a gestão na Prefeitura de Goiânia e  repassou ao então vice-prefeito. Esse posicionamento é direcionado,  principalmente aos que lutam contra a retirada dos direitos dos trabalhadores da Educação.
Com a medida política e ilegal, os profissionais que exerceram o direito de Greve, estão sendo privados ao direito ao seu sustento. É fundamental ressaltar que por parte do movimento grevista sempre houve a vontade de uma negociação justa da reposição dos dias letivos não trabalhados, sem prejuízo em relação aos dias de greve, inclusive até o momento os contra-cheques​ permanecem inacessíveis e questionamos os critérios de corte, pois  até mesmo dos finais de semana, foram descontados, se a falta Greve, não pode ser considerada falta Grave, portanto, importante rever esta atitude arbitrária!

 Não é justo  que sejamos punidos  na tentativa de nos manter em silêncio contra os desmandos de qualquer governo.

 Na oportunidade esclarecemos ao senhor prefeito Íris Rezende,  que o SIMSED é o representante da Educação Municipal de Goiânia,  portanto, não nos  deixamos ou permitimos ser representados por Sindigoiânia e/ou Sintego, ou qualquer outra instituição que queira negociar em nos representar.
Exigimos que as negociações, que já estão sendo realizadas com o SIMSED avancem no sentido de manter uma comissão de negociação,  e assim buscarmos uma solução para o impasse, que foi criado pelo prefeito, para  reunirmos com o secretário de educação municipal, senhor Marcelo Ferreira,  que inclusive tem se furtado das reuniões solicitadas, enviando representantes sem poder de decisão, protelando a negociação e prejudicando os envolvidos: profissionais e estudantes, reproduzindo posicionamento arbitrário​.

Sentimos que há o forte desejo de nos intimidar para enfraquecer a nossa garra e resistência.

 Sabemos que a desocupação da SME não poupou truculência e repressão, demonstrando que o posicionamento da gestão municipal seria ameaçador e com o intuito de dizimar qualquer tentativa de luta por nossos direitos e denúncia aos sérios problemas que ainda enfrentamos, mesmo após o final da greve.

Denunciamos também que durante o mutirão estávamos no nosso direito de livre manifestação e nos sentimos agredidos e hostilizados por pessoas que estavam próximas ao Prefeito Íris, houve muita tensão e empurra-empurra direcionados aos manifestantes e provocações desnecessárias. Tivemos faixas e cartazes  retirados  de nós e rasgados, porém não recuamos, mantendo a nossa manifestação.

O movimento dos servidores da Educação em Goiânia é forte, combativo e tem sido o porta-voz contra as arbitrariedades que tem ocorrido dentro e fora das instituições, envolvendo desde as condições materiais de trabalho (instalações e estruturas físicas), pagamento dos valores corretos dos salários com os devidos reajustes de data base e piso salarial, a qualidade na merenda escolar, dentre tantos outros. 

Solicitamos que a gestão municipal representada pelo Prefeito Íris Rezende e o secretário de educação Marcelo Ferreira possam  fazer o correto pagamento de nossos salários imediatamente, para que possamos definir o calendário de reposição. Sem pagamento, sem reposição de dias letivos não trabalhados.