No dia 28 de agosto aconteceu uma reunião em apoio ao
diretor Hugo e a coordenadora Cirlene. Essa reunião ocorreu em uma Paróquia ao
lado da Escola Hilarindo. A reunião contou com a participação de pais, alunos,
funcionários da escola e da Rede Municipal de Educação, representantes do
SIMSED e apoiadores que defendem o retorno imediato do diretor e da
coordenadora à escola.
Os participantes presentes usaram o microfone e defenderam a
volta imediata de ambos à escola, uma vez que não tiveram direito à ampla
defesa ao serem acusados injustamente por um pai. Vários colegas de trabalho e
familiares falaram do caráter e compromisso deles com a comunidade escolar e
com a luta por uma educação de qualidade.
Após as falas dos presentes, que se inscreveram, a coordenadora
Cirlene relatou o fato ocorrido com ela e esse pai em 2015, quando o mesmo a
tratou com racismo e quase bateu nela, porém, não denunciou o pai, pois a
direção a aconselhou a deixar o caso para lá. A partir daí a criança passou a
fazer tudo na escola e a direção foi omissa, uma vez que chamar o pai gerava
conflitos.
Em 2018 Cirlene tornou-se coordenadora pedagógica, mas
evitava contato direto com a criança. Quando o diretor chamou o pai para tratar
sobre disciplina e atividades pedagógicas, ao invés de ir conversar na escola,
ele procurou a SME, CME e MP para denunciar agressões que o filho estria
sofrendo pela coordenadora. Ele denunciou agressões no ano de 2016, ano que ela
nem mesmo trabalhava no horário em que o menino estudava.
Hugo, ao contrário da diretora anterior, não foi conivente
com as ameaças e racismo do pai, o que fez com que o pai o denunciasse
também.
Os dois foram afastados sem o direito à ampla defesa, ela,
por questões de preconceito racial e ele por ser líder sindicalista, que luta
pelos direitos dos trabalhadores da educação.
Após a reunião, os participantes digiram-se à Escola
Hilarindo com palavras de ordem exigindo à volta imediata de Hugo e Cirlene.
Aproveitaram a oportunidade e convidaram aos alunos e todos presentes para irem
ao MP dia 29/08, às 14:00 horas, onde Hugo e Cirlene serão ouvidos pela
promotora que está tomando conta do caso.
Lutar não é crime!