quarta-feira, 25 de maio de 2016

PONTO ELETRÔNICO?

Sobre o ponto eletrônico. 

Recentemente, alguns diretores, extrapolando as suas atribuições legais, estão criando uma nova forma de registro do ponto dos funcionários, através de máquinas eletrônicas de registro de ponto.

Essa é uma atribuição da SME, que é o órgão que regulamenta esse tipo de prática. Ao estabelecer de maneira individual, sem ao menos consultar a comunidade escolar, além de ser antidemocrático, fortalece o espírito de vigilância e coação, alimentando as tiranias privadas de diretores fascistas fechados em suas redomas de micro poder. Qualquer alteração precisa ser discutida com a categoria e precisa de uma justificativa, tanto legal como pedagógica. Infelizmente, vemos que a rede municipal está permeada de um ranço autoritário.

Foi o que aconteceu na escola João Paulo I. A diretoria, sem consultar a comunidade escolar, apareceu com um ponto eletrônico, comprado com fundos da própria escola. Simplesmente chegou informando que essa seria a nova forma de registro do ponto. Essa proposta encontrou forte resistência dos trabalhadores, pois representou mais um ato autoritário dessa gestão, que já tinha inclusive acabado com um banheiro público para fazer um banheiro privativo da sala da direção e colocado ar condicionado em sua sala, esquecendo inúmeras outras ações que seriam prioridade em relação a essa. O ponto eletrônico foi o ponto culminante para os trabalhadores exigirem um posicionamento da SME. A unidade regional foi na escola, escutou, mas não se posicionou ainda. 

O simsed agiu assim que ficou sabendo desses fatos e enviou um ofício para a secretária de educação pedindo esclarecimentos e justificativa sobre esse problema. Não podemos aceitar nenhuma arbitrariedade. O único caminho que temos é o da luta. Torna-se cada vez mais necessária a luta por democracia, pois a escola deve ser espaço de liberdade e não de autoritarismo.