ABAIXO O
FECHAMENTO DE TURMA DA EAJA NA ASSOCIAÇÃO DE MULHERES SURDAS!
No dia
18/04/2019, o Simsed recebeu mais uma lamentável denúncia sobre o fechamento de
turmas de extensão da EAJA que funcionavam na Associação de Mulheres Surdas de
Goiânia – AMDASGO.
Sem
nenhuma responsabilidade com a qualidade do ensino, a SME juntou os estudantes
da primeira fase em apenas uma turma e os da segunda fase em outra turma, atendendo
as mais diversas séries em apenas duas salas, que vão funcionar de forma
multiseriada.
O ato do
secretário de educação Marcelo Ferreira da Costa é extremamente absurdo, imoral
e injustificável. Ele não pensa no direito a uma educação de qualidade. O único
objetivo dele é economizar recursos com os que mais precisam de uma educação de
qualidade por todas as dificuldades enfrentadas por suas deficiências. Essa é a
política e visão arcaica de inclusão do secretário Marcelo, que fere o PME e a
própria Constituição.
Ao
diminuir o número de salas, reunindo todos os estudantes surdos, idosos e
outros com as mais diversas necessidades educativas especiais, como deficiência
mental, visual ou auditiva, em uma mesma sala, representa um grande retrocesso.
Unir estas salas prejudicará a qualidade, haja visto que é quase impossível
proporcionar um ensino de qualidade nessa nova realidade. Mesmo com um
intérprete, como um professor pode ensinar tantos estudantes, de níveis tão
diferentes, nessas condições?
Estes
indivíduos, com suas singularidades, aprendem em ritmos diferentes. As suas
particularidades precisam ser respeitadas. Para tanto, cada um, em sua
limitação, desenvolve suas próprias habilidades e capacidades com intervenção
direta do professor, que se desdobra para buscar metodologias próprias para
atender cada sujeito.
Este ato
absurdo, além de prejudicar diretamente os estudantes surdos, também afetou os
professores, que repentinamente ficaram excedentes. Os professores se
qualificaram nessa modalidade fazendo inúmeros cursos, dando assistência aos
estudantes para evitar a evasão, e agora são descartados como meros peões no
xadrez da SME, jogando fora os anos de dedicação ao ensino desses estudantes.
Viemos
prestar nossa solidariedade aos estudantes e professores que estão perdendo
direitos e se veem cada vez mais explorados por um sistema que não prioriza a
humanização, e sim, a precarização da Educação.
Diante de
fato tão grave, o SIMSED encaminhará uma denúncia ao Ministério Público e a
Comissão Especial de Investigação (CEI) da Educação, em funcionamento na Câmara
Municipal de Goiânia, pois não aceitaremos mais esse golpe contra a EAJA.
PELO
FORTALECIMENTO DA EAJA!