domingo, 28 de janeiro de 2018

INFORME DA REUNIÃO DO SIMSED


No dia 20 /01/ 2018 acontecendo uma reunião do Simsed na Faculdade de Educação da UFG e que contou com uma grande participação dos trabalhadores.


A  reunião teve como pauta: Informes gerais sobre a situação política atual, balanço de 2017  e planejamento de 2018.


No primeiro ponto, na análise da situação política, contatou-se que estamos vivendo em um momento crítico, de grandes ataques aos trabalhadores, em que foram aprovadas leis que destruíram com os trabalhadores, como a lei da Terceirização, Emenda Constitucional do Teto  dos Gastos Públicos,  a Reforma Trabalhista, entre outras.  Agora, as articulações do governo são para  aprovação da Reforma da Previdência, onde o governo está negociando votos em troca  de Cargos.  Isso revela ataques do Estado, atendendo aos apelos do grande capital contra os Trabalhadores de um modo geral. Também foi analisado que todos esses ataques estão sendo facilitados principalmente pela desmobilização da população a nível Nacional, pela falta de uma atuação política  nas lutas em defesa de seus direitos.


Por outro lado, temos que seguir o exemplo dos diversos grupos que estão se mobilizando nas lutas em defesa desses direitos, mas que precisam se articular promovendo maior conscientização popular e implementar as ações em defesa desses direitos.


O governo escolheu uma data propícia para colocar em votação a RP,  justamente no momento em que inicia-se o ano, o período do carnaval, e com isso está ganhando tempo para continuar as negociações e compras de votos.

No âmbito municipal, em consonância com a realidade nacional e mundial, muitos ataques aos direitos dos trabalhadores. Os direitos dos cidadãos estão sendo usurpados.
Na Educação, temos diversas retiradas de direitos previstas para 2018.

Esse é o momento da categoria começar a reunir forças contra os ataques que estão sendo feitos e preparados, de todos os modos. Há notadamente uma tentativa de dividir a categoria para assim se tornar mais fácil implementar o plano de destruição dos direitos dos trabalhadores. Haja vista o não cumprimento da data base dos Administrativos na tentativa de desmobiliza-los e colocá-los à parte da categoria, um verdadeiro arraso com os administrativos, porém a resistência continua e a luta continua sendo de todos.

Foi avaliado que a greve de 2017, mesmo não tendo a adesão esperada, foi muito importante e de grande resistência, mesmo com o cenário bastante crítico,  com a repressão mais violenta por parte da GCM durante a ocupação da SME. E ainda, o Ministério Público fechou as portas justamente no momento em que a comunidade apoiou o movimento.


Os administrativos que entraram em greve foram os mais penalizados, visto que, tendo sofrido o corte de ponto,  mesmo tendo ganhado como acordo de greve o reajuste vergonhoso da data-base, que na realidade era abaixo do valor previsto,  logo em seguida foi retirado, deixando muitos em situação caótica.

Ressaltamos aqui, as ações de solidariedade, e agradecemos de coração, as doações e campanhas para acudir os casos mais graves.
 Isso tudo, gerou um um mal estar inicial: por um lado aqueles que julgavam não ser o momento da greve pois esperavam que a prefeitura iria restituir os direitos através de negociação com sindicatos pelegos e que o movimento deveria acontecer a partir de agosto quando muitos pensavam também ser o momento em que seriam aprovados as reformas nacionais. Por outro lado, parte da categoria não acreditando nos sindicatos pelegos, compreendendo que as reformas aconteceriam no primeiro semestre, não quiseram protelar o momento da greve, pois a situação já se encontrava insustentável, principalmente com o grande número de deficit de profissionais na Rede, onde muitas instituições já funcionavam em revesamento.

Um dos aspectos positivo destacado, foi que a greve serviu para desmascarar o secretário que até então se apresentava como uma pessoa simpática e que iria resolver de certo modo os graves problemas da RME,  se revelou autoritário e fechado a todo tipo de diálogo e mais ainda demonstrando que realmente ocupa cargo de interesses escusos, não tem interesse em resolver os problema os problemas da Educação no município. Foi também a oportunidade de mais uma vez desmascarar os sindicatos pelegos, que a todo momento simulavam estar negociando os direitos dos trabalhadores, enquanto que foram perceptíveis mais uma vez que as negociatas estavam acontecendo sob o termômetro do movimento de grevista, atendendo os interesses do patrão. Haja Vista todas as conquistas de de 2017 foram finalizadas com acordo de greve e não com os pelegos. A exemplo,  a declaração do próprio secretário diante do Ministério Público e da comissão de negociação do comando de greve que o piso já estava sendo pago desde janeiro. Não havendo assim, nenhuma possibilidade de que seria pago a partir de maio, conforme afirmavam os pelegos ter.

Tendo passado esse momento e toda a sequela deixada por por essas circunstâncias quase devastadora,  o movimento ainda é forte e muitas pessoas que ainda acreditam que  com união e luta podemos promover movimentos em defesa dos direitos que estão a cada dia sendo retirados um a um conforme o plano da prefeitura.

 Destacou-se também a aplicação das Novas Diretrizes, antes mesmo delas serem aprovadas pelo CME,  retirando vários vários direitos, tais como o de eleger coordenador pedagógico. Também as eleições para direção das escolas foram realizadas a toque de caixa, dificultando uma participação democrática da categoria.


Também foi destacado o fechamento de diversas turmas e escolas de ciclo 3, restringindo assim, cada vez mais, o atendimento do município a este público, considerando que há uma crescente demanda que também não é atendida pela Rede Estadual de forma suficiente. Denunciamos também as mudanças nos documentos que regem a modulação, o que gerou um grande transtorno a todos com lotações absurdas em locais distantes das residências, distorções de funções e até de órgão, sem esclarecimentos aos profissionais, como caso de  professores lotados  no zoológico e outros casos absurdos. Gerando transtorno  também a estudantes que precisarão do ciclo 3 que perderam escolas tendo que percorrer longas distâncias. Diante disto destacamos o grande exemplo de luta da escola Deushaydes demonstrando a força da Comunidade.

Outro ponto debatido, que ainda gerou inúmeros transtornos, ocorreumais uma vez. Foi o último recesso dos servidores da educação, em especial os servidores administrativos da educação de Goiânia. Chegamos a conclusão que há uma brecha na lei do recesso do administrativo, levando em consideração que a lei não ficou clara e a direção da escola tomou a decisão que achou viável para a instituição, não se preocupando com a segurança e descanso dos funcionários.
Diante, destas e outras questões graves que estamos enfrentando, decidiu-se pela formação de comissões pra encaminhamento de ações pontuais, como: *Estudo das novas Diretrizes
*Comissão de negociação
*Comissão de vista à Câmara
*Comissão de denuncia no MP;
Comissão para confecção do Jornal.
Ficou definida a Convocação de uma  Assembléia com pré Eu data para 19/02, a confirmar e a próxima reunião, com data definida para dia 03/02 ás 9h, na FE.