POSIÇÃO DO SIMSED SOBRE A PARALISAÇÃO NACIONAL DO DIA 22 CHAMADA PELA CUT/CNTE
O SIMSED informa
que não vai aderir à paralisação nacional do dia 22 de setembro, convocada pela
CUT e pela CNTE, pelo claro propósito oportunista da mesma.
Os trabalhadores
brasileiros estão diante de uma grave ameaça aos seus direitos. Os grandes
capitalistas e o sistema imperialista exigem ajustes econômicos em nosso país.
Isso implica na liquidação de direitos conquistados através de duras lutas, com
greves e sangue. A aposentadoria e o Piso Nacional estão no rol dos direitos
ameaçados por essa política fiscal, agora adotada por Temer e que estava para
ser aprovada com o governo Dilma/PT. Também existe a previsão de redução dos
recursos para a saúde e a educação. Para piorar, a previsão agora é privatizar
tudo que ainda resta de público, deixado pelos governos anteriores. O ajuste
fiscal visa destinar o suado dinheiro do povo brasileiro para o pagamento de
uma dívida fraudulenta com a oligarquia brasileira. Hoje, destina-se 48% do
orçamento público brasileiro ao pagamento da dívida pública.
Essa política contra
o povo não iniciou agora com o governo Temer. Esse padrão de submissão das
contas públicas brasileiras às oligarquias financeiras também foi uma máxima
dos governos petistas e psdebistas. No início do seu segundo mandato, Dilma
chamou Joaquim Levi, homem dos bancos, para coordenar o ajuste fiscal. O
governo imergiu em uma grave crise política que levou a uma paralisia,
impossibilitando a aprovação da pauta que o governo Temer tenta aprovar agora.
Tanto Lula como Dilma vetaram a auditoria da dívida pública brasileira. O
grande capital e o imperialismo rifaram o governo Dilma e apostaram em um
governo Temer como capaz de executar toda a agenda de contrarreformas do
imperialismo.
Os trabalhadores precisam organizar uma forte resistência a essa
ofensiva. É necessário que ocorram greves, manifestações, lutas das mais
variadas formas. Somente com o levantamento das massas populares que as
contrarreformas podem ser freadas. A luta verdadeira para impedir as
contrarreformas precisa ser construída. Precisamos articular os setores de luta
e construir uma verdadeira greve geral, com condições de resistir a ofensiva do
imperialismo. Os trabalhadores não podem continuar reféns das viúvas do antigo
governo, pregando que a solução seja a volta do Partido dos Trabalhadores para
o governo. Não basta um fora Temer, pois todos eles seguem a mesma cartilha das
oligarquias financeiras. Precisamos organizar uma luta real, politizar a classe
trabalhadora para o enfrentamento contra todas essas graves ameaças. Nesse
sentido, temos que aumentar a nossa organização e mobilização no município de
Goiânia, para que possamos participar de maneira original e criativa nessa luta
nacional.
A CUT e a CNTE mais uma vez, atuando como um braço do Partido dos
Trabalhadores, usam as massas da educação para defender um projeto falido e
corrupto. Usam as justas bandeiras da classe trabalhadora para defender um
partido que até ontem estava junto com os algozes do povo. Esse é o caso do
estado de Goiás com o SINTREGO, que é uma estrutura sindical burocratizada e
atrasada, representando o mais velho peleguismo, que não pretende organizar e
politizar para a luta, apenas defender o seu partido em detrimento dos
interesses dos trabalhadores. Temos que construir uma verdadeira greve
nacional, independente e combativa, a exemplo dos trabalhadores da França,
Grécia, entre outros países que enfrentaram e ainda enfrentam esses mesmos
ajustes de forma digna, com batalha. O que não dá é para construirmos um
arremedo de greve nacional para defender um Partido que traiu a classe
trabalhadora.
Em breve faremos uma assembleia para organizarmos e
impulsionarmos a defesa da educação infantil que corre sério risco de se
precarizar ainda mais com a aprovação da Minuta que está sendo discutida pelo
CME, entre outros problemas que acometem os servidores do município.