NOTA DE
REPÚDIO: trabalhador morre em sala modular!
O SIMSED
repudia veementemente à situação que ocasionou a morte do Trabalhador Paulo da
Costa Araújo, ferido durante um incêndio em uma sala modular da *Escola
Municipal Ana das Neves*, em Goiânia, ocorrida no dia 17 de janeiro de
2020.
Paulo era
funcionário da empresa Cesar Modulares, responsável pela instalação e
manutenção da estrutura nessa escola no munícipio. Ele esteve internado no
Hugol desde a última segunda-feira (13), data do acidente, mas não resistiu aos
ferimentos e veio à óbito no último dia 17.
O
relatório do Corpo de Bombeiros sobre a ocorrência atesta que o incêndio foi
provocado por um curto circuito na máquina de solda que, em contato com uma
cola, teria causado uma explosão. As chamas foram controladas pela corporação e
a vítima foi encaminhada para o Hugol pelo Serviço de Atendimento Móvel de
Urgência (SAMU). “Houve uma explosão, queimando o Sr. Paulo da Costa Araújo”, é
o que consta no relatório.
Na
unidade escolar existiam duas salas deste tipo modular: a da cozinha, onde
houve o acidente. E a do refeitório. Elas são estruturas de *contêiner* com
sistemas elétricos, hidráulicos e de refrigeração, semelhantes à mesma
estrutura que também sofreu incêndio no CT do Flamengo no Rio de Janeiro,
matando os atletas de base dessa equipe de futebol em 2019.
O SIMSED
vem a público alertar toda a comunidade goianiense sobre o risco que se corre
ao manter essa estrutura de contêineres nas nossas escolas, algo já questionado
até mesmo pela vereadora Sabrina Garcez e outros vereadores no processo da CEI
da Educação no início do ano passado.
A
Prefeitura insiste em alegar que essa estrutura é moderna e segura para nossas
crianças e trabalhadores, mas conforme vimos nesse último ocorrido, isso não é
verdade. O fato é que a prefeitura usa o argumento de "economizar"
nas estruturas das escolas, entre outras coisas para precarizar cada vez mais o
serviço público e dessa forma não investir de fato como deveria ser na
Educação. Isso é lamentável e inadmissível!
Por isso,
repudiamos essa situação que provocou a morte desse trabalhador e exigimos que
as providências devidas sejam tomadas para que um novo acidente não aconteça em
nenhuma das escolas que tem em sua estrutura os *contêineres*, bem como
esperamos que os familiares desse trabalhador, vítima da negligência da
Prefeitura, sejam amparados em sua dor.