segunda-feira, 31 de julho de 2017

POSIÇÃO SOBRE A REPOSIÇÃO!


No dia 27 de julho os trabalhadores realizaram uma reunião na Faculdade de Educação da UFG. Um dos pontos de pauta foi o posicionamento dos trabalhadores sobre a reposição das aulas.

Inicialmente foi apresentada a decisão do juiz e a interpretação da assessoria jurídica do SIMSED sobre a mesma. Foi avaliado por todos que a decisão judicial representa uma vitória política dos trabalhadores. Com essa decisão, o Judiciário confirmou que a SME tomou mais uma posição arbitrária e que essa medida ajuda a amenizar os transtornos dos trabalhadores, principalmente dos administrativos.

Avaliamos que o Judiciário demorou muito em se posicionar sobre o corte de ponto e que a hábil peça dos advogados foi fundamental para a vitória dos trabalhadores na Justiça. A nossa interpretação sobre a decisão do juiz é que a prefeitura vai ter que pagar um salário mínimo por cada mês cortado e complementar o que falta de acordo com a reposição. Eles precisam cumprir isso no prazo de vinte dias. Eles podem recorrer, mas precisam cumprir antes de qualquer recurso. Consideramos que essa decisão foi uma vitória dos trabalhadores, que demonstram mais uma vez que a prefeitura não está com a razão do lado deles.

A arbitrariedade e o autoritarismo têm marcado a gestão Iris Rezende/Marcelo. Eles têm agido como verdadeiros carrascos dos trabalhadores. Isso fica evidente no posicionamento da administração, que se recusa a negociar com os trabalhadores. O prefeito cortou o ponto e ainda ameaça os trabalhadores com diversas sanções.


As provas desse posicionamento desprezível da SME foram as respostas que eles deram ao Ministério Público e no processo contra o corte de ponto. Nesses dois momentos eles reafirmaram a intransigência, alegando que estavam certos ao cortar o ponto dos trabalhadores, pois “só tem que receber aqueles que trabalham”. Além do mais, nos dois momentos, reiteraram as ameaças, falando que vão adotar todos os procedimentos administrativos para garantir a reposição das aulas, ou seja, um posicionamento completamente repressivo.

Aconteceu um grande debate na reunião e surgiram dois principais posicionamentos sobre a reposição durante a reunião:

O primeiro posicionamento afirmou que é necessário recuar e negociar a reposição no início de agosto, que a maior parte das escolas e trabalhadores já adotaram essa atitude e que estavam aguardando o posicionamento do judiciário sobre essa questão. Alguns presentes avaliaram que é importante reconsiderar o posicionamento da não reposição. Mesmo com a injustiça do corte de ponto e a forma opressiva de pagamento da reposição, foi entendido que esse recuo vai evitar uma maior repressão contra os trabalhadores, que inevitavelmente virá. 

O outro posicionamento, emitido por alguns companheiros, foi sobre não fazer a reposição. Esses companheiros afirmam que já foram prejudicados financeiramente durante os meses que ocorreram os cortes e que não vão fazer a reposição devido a esse fato. Esses companheiros foram alertados para a intenção da prefeitura em reprimir os trabalhadores e reafirmamos que daremos toda a assistência jurídica para todos que adotarem esse posicionamento, diante de uma eventual e possível repressão política da prefeitura. Como ficou demonstrado na decisão judicial sobre o corte de ponto, a prefeitura está praticando muita arbitrariedade e temos condições de reverter judicialmente e politicamente todas as medidas injustas da prefeitura. Diante disso, o SIMSED vai dar assistência jurídica aos que adotarem esse posicionamento.

Os presentes na reunião decidiram não realizar uma votação sobre essa questão e decidiram que cada trabalhador ou instituição possui autonomia para tomar essa decisão.