Acontecerá neste sábado, dia 30 de janeiro as 14:00 na Faculdade de Educação da UFG uma reunião do Simsed/Comando aberta a toda categoria!
A sugestão de pauta é:
Reestruturação do SIMSED.
Situação do IMAS.
Acordos da greve.
Situação da educação estadual.
TITULARIDADES/TITULAÇÕES DO MÊS DE JANEIRO
Acompanhe no diário oficial a lista de titularidades/titulações do mês de janeiro. Basta acessar o link abaixo e fazer a busca utilizando as palavras-chave "titularidade" ou "titulação".
- Seduce foi ocupada no dia 27/01: maiores informações em breve. - Secundaristas são espancados e retirados a força de escola ocupada: relatos e denúncias colhidas nas redes sociais, links de notícias, imagens e vídeo. - Participação do SIMSED, trabalhadores da educação e apoiadores: próxima assembleia (sexta-feira) e imagens da primeira assembleia, busca por doações, apoio jurídico (ação civil contra Os's e dos direitos que serão perdidos na sua implantação), contribuição na divulgação - últimas postagens sobre a luta contra a terceirização.
- Estudantes enfrentam ditadura em Goiás e dão exemplo de organização e resistência: realizações dos estudantes em escolas ocupadas e nota sobre reintegração de posse.
- Cadeiraços dos estudantes: vídeos e fotos das manifestações de estudantes nas ruas de Goiânia.
- Falta de diálogo da "ditadura Perillo": o desmascaramento da política de "diálogo" da secretária Raquel Teixeira que finge que debate o projeto de terceirização enquanto o edital para implantação das OS's corre normalmente. Vídeo da expulsão de Raquel da Faculdade de Educação da UFG.
- Oito motivos para apoiar a luta dos estudantes goianos.
Vivemos tempos sombrios em Goiás. Cortaram a garganta da grande mídia e sufocam a nossa voz, matando nossos sonhos de
uma sociedade livre. Em verdade, de grande essa mídia só possui a
mediocridade. E é nas ramificações dessa mediocridade, que se
multiplicam as pernas da injustiça. Uma mídia marrom, que se prolifera
tal qual erva daninha, no solo goiano.
Tenebroso é esse nosso tempo, em que o algoz é reverenciado pelo povo como herói.
A grande encenação sanguinária segue orquestrada pelo poder fascista,
que usufrui dos sentimentos de egoísmo e ignorância de alguns cidadãos.
Pensam em garantir apenas o pão e o solo de hoje, perdendo, à cada dia, o
pão e o solo de amanhã.
O Teatro macabro é manipulador e funciona assim:
Estudantes e apoiadores que lutam contra a Privatização da Educação
Pública em Goiás organizam a limpeza e conservação da escola. Em muitos
casos, realizam até pequenas reformas em muros caídos. Cortam a grama,
limpam a piscina com foco da dengue, oferecem oficinas com várias
temáticas à comunidade, aulões preparatórios para o ENEM, cozinham,lavam
e ensinam/aprendem o verdadeiro valor do Espaço Público.
O
governo, na figura da Secretária da Educação, irredutível, não dialoga e
não demonstra transparência no trato com essas pessoas, ao contrário,
expressa um tremendo desrespeito com a comunidade, ao começar à
pressionar os servidores das unidades ocupadas (Diretores,
coordenadores, professores e administrativos) à “recuperarem” suas
escolas, condicionando suas modulações (salários) à isso...à esse
trabalho sujo de confronto com aqueles que lutam por
clareza,transparência e legalidade e EDUCAÇÃO PÚBLICA E GRATUITA DE
QUALIDADE.
Pronto! O grande cenário está armado e a guerra covarde contra os inocentes arquitetada.
Reuniões com a “comunidade”- pais e estudantes absolutamente
desinformados sobre do que se tratam as OSs e a terceirização da
Educação – é convidada à uma reunião pacífica na porta da Escola, com o
intuito de retornarem as atividades escolares.
Contudo, à essa
reunião, antecede uma visita de policiais anônimos da PM, que adentram a
unidade escolar, arrebentando portões e pulando muros,sem o oficial de
justiça e sem liminar de reintegração de posse, quebram máquinas de
Xerox, portas,dentre outras ações de vandalismo, espancam crianças e
adolescentes, pisando-lhes a cabeça, chutando-lhes, jogam seus pertences
no meio da rua, apontando-lhes armas e intimidando-os à sumirem dali.
Fazem tudo isso em 20 minutos e, geralmente na madrugada e saem ilesos.
Segundos depois, a comunidade adentra os portões da escola, instruídos à
“retomarem o espaço público deles” e expulsam os ocupantes vândalos
que, supostamente, depedraram a própria escola em que estudam/trabalham.
O confronto é inevitável, visto que a necessidade de defesa por parte
dos inocentes, gera ansiedade e exaltação.
O impasse do diálogo
entre pais e estudantes que deveriam estar no mesmo time, na mesma
posição, acaba por criar um clima de guerra. Uma guerra, que na verdade,
não deveria ser entre eles. A GUERRA DEVERIA SER CONTRA QUEM ORQUESTRA O
GRANDE TEATRO MACABRO.
Chegam apoiadores de todos os lados, em
todas as ocupações. E, por maiores que sejam os seus corações e o amor
por esses meninos e meninas que lutam e lutam com maestria, eles ainda
não são o número suficiente. Por isso, dividem-se, formam grupos para
levar comida e conforto à esses pequenos grandes heróis. Os apoiadores
tentam fazer curativos nos machucados pelas agressões físicas, mas não
há como curar-lhes a dor da alma, a dor por ver quão distantes os seus
ideais de um Goiás justo, um Goiás no qual os inocentes não sejam
silenciados, asfixiados, sufocados, expostos por essa mídia sanguinária
que se vende por posições, status e poder.
Os apoiadores são
cercados em vielas isoladas, grampeados, rastreados, acusados,
criminalizados, intimidados e intimados à comparecerem em delegacias.
MOTIVO? Esse: Defenderem sua causa e a causa de seus estudantes:
A EDUCAÇÃO PÚBLICA GRATUITA.
ATÉ QUANDO OS INOCENTES SERÃO ASFIXIADOS EM GOIÁS??????????"
"Escrevo esse relato aos prantos, como, aliás, estive em boa parte do dia
de hoje. Escrevo porque acho que todos devem saber o que está
acontecendo no Estado de Goiás; escrevo
por proteção, já que a perseguição começa a se instaurar; escrevo para
tentar aliviar a dor de ver aquelas crianças espancadas. Às 07:00
da manhã recebi o relato de estudantes do Colégio Estadual Ismael Silva
de Jesus de que a polícia havia entrado na escola às 05:40, quebrado
várias coisas lá dentro, agredido vários deles e saído. Logo em seguida,
chegaram várias pessoas da comunidade e um carro de som que já começava
a anunciar as matrículas na escola. As pessoas da comunidade entraram
no colégio e agrediram mais ainda essas crianças e as expulsaram de lá.
Eles permaneceram na porta, abraçados, resistindo à todas essas
agressões. Quando cheguei ao colégio já tinha um advogado do
movimento lá e alguns outros apoiadores, que estavam tentando acalmar xs
meninxs, comprando lanche para elxs e ajudando a pegarem seus colchões e
mochilas para levarem para outra escola. Havia também duas
viaturas da PM na porta, algumas pessoas da comunidade (bastante
agressivas), o diretor e o sub-secretário de Educação. Conseguiram
um frete e colocaram todos os colchões, mochilas e objetos pessoais
delxs na caçamba de uma pampa. Saímos em comboio para levar esses
objetos para uma outra escola e depois levar xs meninxs ao Ministério
Público para denunciar as agressões. Éramos três carros: o do frete, o
de um professor e o que eu estava. Ao passarmos por uma rua um
pouco mais afastada da escola e bem vazia, nossos carros foram fechados
por mais três carros, sem nenhum tipo de identificação policial, nem nos
veículos e muito menos uniformes ou distintivos nos policiais. Fecharam
a gente, sairam de seus carros com arma na mão mandando a gente descer e
colocar a mão na cabeça. Assim fizemos. Nos trataram com muita
truculência. Gritaram com as crianças, não nos deixaram pegar nossos
celulares para avisar o advogado, revistaram os carros, revistaram
nossas bolsas, jogaram as cosias dxs meninxs no asfalto. Depois, tiraram
todos os colchões do frete, revistaram todas as mochilas que estavam lá
dentro (e nem eram dos estudantes que estavam conosco), fizeram
perguntas intimidatórias e ameaçaram: disseram que houve denúncia de
furto e depredação da escola e que seríamos acusados por isso. Mas
não encontraram nada! O que tinha lá eram esses objetos! O que fomos
fazer lá foi ajudar essas crianças e adolescentes que haviam apanhado a
fazerem uma denúncia, a levar quem precisasse no hospital e a levar suas
coisas a uma outra escola. Como não tinham encontrado nada,
perguntamos se então estávamos liberados. Eles disseram que estávamos
convidados a irmos à delegacia. Perguntamos se podíamos não aceitar o
convite e responderam que se nos negássemos a ir, PODERÍAMOS SER
ENCAMINHADOS A FORÇA, e nesse momento um deles retirou algumas algemas
do bolso. Fomos então, acompanhando os carros dos policiais, para o
22º CIOPS, no Jardim Curitiba. Lá pegaram nossos nomes completos,
endereços e telefones e nos entregaram mandados de intimação para
prestarmos depoimentos nos dias 02 e 03 de fevereiro. Detalhe: os
menores também receberam intimações! Saindo da delegacia, um pouco
mais tarde, orientados pelos advogados, fomos finalmente ao Ministério
Público onde as crianças e adolescentes relataram sobre as agressões que
sofreram e posteriormente foram encaminhados para o IML para fazer
exames de corpo de delito. Apresentamos também a denúncia da abordagem
que nos fizeram. Estamos mobilizando todo tipo de apoio neste
momento. As perseguições políticas começaram com o claro intuito de
criminalizar apoiadores maiores de idade. Mas vão criminalizar o quê?
Criminalizar pessoas que iam às ocupações diariamente levar comida,
cozinhar, fazer oficinas? Que crime podem me acusar? De ter ido ao
Ismael e em tantas outras escolas discutir com as meninas sobre
violência contra a mulher? De ter feito comida pra eles vários dias e
levado doações que recolhíamos de diversos apoiadores espalhados na
cidade? De oferecer ajuda quando apanharam? De dar uma carona ao
Ministério Público? Confesso que ainda estou muito chocada com tudo o
que aconteceu, estou profundamente triste e assustada. Espancar
crianças é muito baixo, é muito cruel. Mas o que tem me dado força é
a solidariedade de pessoas não só daqui, mas do Brasil inteiro, que já
estão se mobilizando, porque lutar pela educação não é crime!
Porém, sobretudo, e desde o começo, o que me emociona e dá forças mesmo é
ver a garra dessas crianças e adolescentes, que tem tocado essa luta
histórica em Goiás, passando por todo tipo de problemas nas ocupações e
agora por mais isso, mas ainda assim permanecem firmes e nos ensinam
diariamente tanta coisa bonita que nos traz de volta a esperança."
''Eu estive lá
no Ismael a pouco tempo, vi que estava lá o sub-secretário Marcelo,
diretor Elienay, vice-diretor Deuselio todos sorridentes, felizes por
ter conseguido a desocupação. Vi também que a todo tempo tentavam
convencer a eles mesmos o quão heroico foi o ato. Plantaram drogas,
jogaram camisinhas e chegaram até fazer uma reunião para amalgamar o
discurso, para ninguém ''falar besteira''. A polícia? bom, a polícia
esteve presente em todos os momentos,
inclusive batendo e reprimindo os meninos. Acordaram eles com muitas
pancadas sem importar com sexo, idade, até xingou uma garota de 15 anos
por ter uma tatuagem na perna. 9 policiais, todos homens. Logo fizeram
questão de mandar recado, segundo eles o Colégio Dantas seria o próximo.
Fiquei sabendo que eles desocuparam lá por medo da polícia também
invadir e agredir a todos. Sou aluno do Ismael Silva de Jesus, não
estava ocupando e queria sim que as aulas voltassem, porém, não a esse
custo. Meu sonho é ver o diretor Elienay e sua corja pagarem pelo que
tanto fazem no colégio, só que ele não agiu sozinho, é apenas a ponta da
lança, uma marionete que se intitula professor.'' ____________________________________________________________________________________________
"Hoje dia 25 de janeiro
2016, bem cedo, o Colégio Estadual Ismael foi desocupado na base das
agressões e violência da PM, havia pelo menos cinco viaturas da
polícia. Colocaram os alunos para fora a pontapés, chutes, empurrões,
sendo que não havia mandado de reintegração para esta escola. O diretor
e um funcionário estavam juntos e apoiando essas agressões. Os
policiais fizeram a carnificina e depois saíram. Os policiais agiram na
ilegalidade e agora estão mentindo dizendo nao terem invadido e agredido os estudantes. Os alunos estão muito machucados. Tem um com uma fratura exposta inclusive, a grande maioria são menores de idade. Não aceitaremos ações truculentas para com jovens que estão lutando pela defesa de uma educação pública e gratuita!
E mais, apoiadores foram levados à delegacia por P2. Como também a
polícia e funcionários da SEDUCE e das escolas (os que estão a favor das
OSs), além de agredir menores estão depredando as escolas para colocar
na conta dos ocupantes! Essa é a democracia do Marconi! A mesma que ele
está utilizando para implantar as OSs. Essas atitudes só comprovam que
não existe democracia para o povo nesse estado e nem no Brasil, só
violência e criminalização da luta popular! Onde está o diálogo que a
secretaria Raquel Teixeira tanto diz que está disposta a fazer? Abaixo fascismo em Goiás!
No Ministério Público, o CAO da Infância está a par dos acontecimentos,
esperamos que tomem providências sobre esse abuso e arbitrariedade!
Não passarão!
Justiça já!"
"Sobre a dramatica ironia da repressão goiana.
Colegio Ismael Silva de Jesus foi invadido nessa Segunda Feira (25/01) pela PM-GO às 6h da manhã. Estudantes relatam
violência e truculência absurda da PM, como chutes no estomago e
cadeiradas nas costas. O carro de som da SEDUCE, atropelou dois
secundaristas, onde um teve fratura exposta.
Estudantes universitários e professores da UFG que foram até o local
prestar solideriedade e apoio (do tipo, dar carona para os feridos até
um hospital), foram parados por três carros não identificados, de onde
desceram homens armados e sem fardas e pasmem: Prenderam essas pessoas.
Estamos em 2016.
Essa escola em específico homenageia o estudante
secundarista Ismael Silva de Jesus, morto nas dependências do Exército,
em Goiânia, em 9/9/1972. A versão oficial, foi de morte por
enforcamento, mesmo ardil que seria utilizado, três anos depois, contra o
jornalista Vladmir Herzog, em SP.
Ismael era estudante
secundarista em Goiânia e militava no partido Comunista Brasileiro
(PCB). Ele foi preso em 8 de agosto de 1972, pouco antes de completar 19
anos, e levado para o 10º Batalhão de Caçadores, atual 42º Batalhão de
Infantaria Motorizada, onde morreu. No dia seguinte, o Exército divulgou
a morte do estudante, alegando que ele havia se suicidado por se
envergonhar da prisão. A causa da morte apontada pelos legistas foi
“enforcamento-asfixia mecânica”. Entretanto, fotos do laudo necroscópico
descobertas em 1991 evidenciaram que era falsa a versão oficial, pois
mostravam a vítima presa à fina corda de uma persiana.
Na época
em questão nada foi divulgado na mídia local sobre a tortura e
assassinato do estudante. Apenas um cartaz de 'procurado' como no velho
oeste americano, rodou os jornais e muros da cidade. No começo dos anos
70 a Ditadura censurava as redações e o trabalho jornalístico de fato
não podia ser feito.
Décadas depois, em plena democracia, em um
estado de direito com todas as suas instituições de vigilancia e
controle do estado, estudantes entre 13 e 17 anos que estavam na Ocupação Ismael Silva de Jesus foram acordados pela PM na calada da madrugada, sem nenhuma reintegração de posse.
Foram agredidos, espancados, humilhados e expulsos. O colégio fora
depredado pela PRÓPRIA PM, assim como visto nas ocupações de SP, para
forjar um suposto crime que legitimasse o absurdo que já havia sido
feito. Os jornais e redações, que hoje não contam com a presença do
censor militar, distorceram e reproduziram informações mentirosas sobre o
fato. Não entrevistaram NENHUMA vitima de agressão.
O que
mudou? Em que anos estamos? De que adianta as homenagens, placas e
honrarias aos mortos? O estado de Goiás, continua sendo ditatorial,
espancamos os jovens que estão vivos e lutando dentro do direito. A
imprensa continua blindada, dessa vez por questões financeiras e de
interesses em comum com o poder que esta posto.
Repetimos a
história e cometemos os mesmos erros. "Quem nunca cometeu um erro na
vida" é quem planeja a tortura e as arbitrariedades pelas mãos da PM e
infiltrados (P2). Quem é que bate, prende e usa a imprensa para
criminalizar esses jovens?
Qual o interesse por trás disso, se é
apenas um plano "inovador" de gestão do ensino, porque precisa de
atuações soturnas e ilegais na calada da noite? Porque é impossível se
fazer audiencias públicas ou discutir com a população a respeito das OS?
Está tudo podre em Goiás e o fedor está se espalhando para fora dos porões. É por isso que calar os Secundaristas em Luta - GO é tão importante, estão mechendo em coisas perigosas em quem tem o bolso cheio de mutretas. #ForaOS#ForaRaquel#ForaMarconi#OcupaEscola#OcupaGoiás
"Estudantes
do Colégio Estadual Ismael Silva de Jesus denunciam que no dia 25 de
janeiro 2016 (segunda-feira), bem cedo, a escola foi desocupada na base
de agressões e violência da Polícia Militar, com a presença de pelo
menos cinco viaturas da polícia. Já foi levado ao Ministério Público, no
CAO da Infância, no mesmo dia, por uma comissão de pais, professores e
estudantes, a denúncia de flagrante ilegalidade da ação pois não havia
mandado de reintegração de posse para a desocupação.
Os
alunos foram colocados para fora a pontapés, chutes e empurrões. O
diretor e um funcionário estavam juntos e apoiando essas agressões. Os
policiais cometeram as agressões e depois saíram. Na denúncia consta que
os policiais agiram na ilegalidade e agora mentem dizendo não terem
invadido e agredido os estudantes. Os alunos estão muito machucados. Um
dos estudantes está com uma fratura exposta, a grande maioria são
menores de idade.
Ainda foram registradas ações de
intimidação a professores que compareceram à escola para se solidarizar e
apoiar os estudantes agredidos, professores da rede estadual e da UFG
foram seguidos, cercados e levados à delegacia por policiais a paisana.
Foi denunciado ao MP a ação da polícia e de funcionários da Secretaria
de educação e das escolas (os que estão a favor das OSs), de depredarem a
escola para colocarem a culpa nos estudantes, sendo que os ocupantes
tem todo o registro de como encontraram a escola e a permanente
preservação de seu patrimônio. Segundo os estudantes, os policiais que
invadiram a escola de madrugada quebraram a base de chutes as máquinas
copiadoras e portas das salas de aula com intuito de criminalizar a
ocupação.
As escolas estão sendo desocupadas à força.
Sem reunião da Comissão de Gerenciamento de Crises e sem o conhecimento
e participação do Ministério Público. Estudantes estão aparecendo
lesionados, cheios de hematomas. O Estado que deveria ser exemplo de
moral e cumprimento da Lei e das decisões judiciais reincide em sua
prática recente de descumprir rotineiramente decisões judiciais, como
por exemplo a dos seguranças no Eixo Anhanguera.
Tais
práticas inadmissíveis demonstram o jogo de " vale tudo" que se tornou
para o Governo Estadual a implementação da terceirização da educação
através das OSs. O governo não quer dialogar, e mostra que independente
da legalidade irá usar de violência e criminalização contra estudantes
que exercem seu livre direito de manifestação!
Professores
e estudantes agora se mobilizam para Assembléia Geral da Educação na
próxima 6ª f (29/01) que ocorrerá na Praça Universitária às 9h da
manhã."
MOVIMENTO DE ESTUDANTES, PROFESSORES E APOIADORES CONTRA A TERCEIRIZAÇÃO DAS ESCOLAS
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PARTICIPAÇÃO DO SIMSED, TRABALHADORES DA EDUCAÇÃO E APOIADORES
Enquanto instituição, o SIMSED vem participando do movimento contra a terceirização da educação em Goiás e prestando apoio aos estudantes em luta contra a privatização e militarização das escolas públicas. Este envolvimento não se restringe aos aspectos jurídicos e burocráticos, mas conta com doações de alimentos e mantimentos; presença nas manifestações, ocupações e assembleias; entre outros. Vários trabalhadores da Rede Municipal de Goiânia, assim como de Aparecida de Goiânia, e apoiadores diversos tem buscado colaborar e se engajar em uma luta que, com certeza, é de todos os trabalhadores da educação e das classes populares de maneira geral.
Participação nas assembleias e manifestações
Nesta sexta-feira acontecerá uma segunda assembleia de trabalhadores da educação e estudantes: segue o cartaz de divulgação com a pauta:
Lá você pode encontrar links e informações das escolas ocupadas
Apoio jurídico
A ABRAPO, juntamente com o SIMSED - Sindicato Municipal dos Servidores da
Educação de Goiânia, protocolizou Ação Civil Pública em face do Governo do
Estado de Goiás questionando as medidas de terceirização da educação pública
estadual. O objetivo é suspender a implantação das Organizações Sociais tal
como vem sendo, de forma autoritária, sem diálogo algum com a comunidade
escolar. Experiências recentes, principalmente na área da saúde, vem
demonstrando o fracasso que é a adoção de OSs na gestão de serviços públicos,
propiciando corrupção, fraudes, e ao contrário do propagandeado pelo governo, a
diminuição da eficiência dos serviços prestados. Segue o processo a quem quiser acompanhar:
A Abrapo também emitiu uma nota de denúncia de alguns direitos perdidos com a implantação das OS's em Goiás.
Contribuição na divulgação
Como forma de contribuir com o movimento procuramos também compartilhar notícias, mensagens de apoio, notas de repúdio, textos com esclarecimentos, imagens e vídeos e links do Facebook de quem está verdadeiramente no processo de luta contra a implantação das OS's.
Neste sentido, já foram feitas algumas postagens sobre esta questão. Clique nos links abaixo para entender melhor a situação da luta contra a terceirização da educação em Goiás:
Vídeo da manifestação que foi até a SEDUCE entrar uma carta contra a terceirização a Secretária Raquel Teixeira. Neste dia, a secretária se comprometeu a realizar uma audiência pública para debater as OS's (esta não aconteceu e o edital para implantação das OS's foi lançado).
ESTUDANTES ENFRENTAM DITADURA EM GOIÁS E DÃO EXEMPLO DE ORGANIZAÇÃO E RESISTÊNCIA
É importante ressaltar que mesmo diante da truculência do Estado estudantes tem se organizado, resistido e demonstrado que NÃO TEM ARREGO na luta em defesa da educação pública e gratuita. Mais do que isso, ao contrário do que alguns veículos comprados da mídia tem divulgado (de que pessoas estão consumindo drogas e bebidas alcoólicas e depredando os prédios escolares) os estudantes estão proporcionando o diálogo com a comunidade, reformas nas escolas, atividades culturais, aulas preparatórias para o Enem, cine-debate, entre outros. Confira algumas imagens colhidas nas redes sociais (CLIQUE NA IMAGEM PARA AMPLIAR):
Mesmo com toda organização e resistência os estudantes e apoiadores enfrentam dificuldades nas ocupações, por isso, todo ajuda é fundamental. A ditadura em Goiás não
respeita leis. As escolas estão sendo desocupadas a força, sem
reintegração de posse. Segundo os secundaristas, para fazer as
desocupações estão fazendo ameaças aos estudantes, cooptando pais e
alunos, pressionando diretores, coordenadores e professores, utilizando
policiais infiltrados e agredindo os estudantes.
Sobre o pedido de reintegração de posse clique no link abaixo:
Desde o início
do movimento secundarista de ocupação que passou a acontecer como um
ato de manifesto contra a implementação das OS's na educação, sabíamos
que não seria fácil.
Não esperávamos compreensão do governo,
autenticidade nas declarações da mídia ou afago de polícia, até mesmo
porque não é mistério pra ninguém a conduta ambígua dessa tríade aliada
por interesses próprios e interesses do nosso supremo grandiosíssimo Sr.
Governador Marconi Perillo.
O pedido de reintegração de posse
dos colégios ocupados foi deferido ontem pelo desembargador Geraldo
Gonçalves da Costa [esse cara aqui: https://www.ascom.ufg.br/n/12625-engraxate-que-virou-desemb…
] e dá o prazo de 15 dias, a partir da notificação oficial, para que os
estudantes desocupem as escolas. Declaram que nós, ocupantes, estamos
atrapalhando o fornecimento do serviço público de educação. SIM, NÓS
ESTUDANTES.
Gostaríamos primeiro de nos direcionar à população,
um grito de socorro que vem das entranhas do movimento: OLHEM PARA NÓS!
Olhem para a nossa causa que é legítima. Não estamos aqui pelo nosso
umbigo, nossa luta é de classes! Nossa luta é coletiva! Por mim, por
você, pelos teus e nossos filhos!
Não somos representados por
nenhum partido ou organização política, nosso ambiente de ocupação não é
um lugar de sexo, drogas e rock n’roll como dizem as mídias sociais que
comem na mão do ditador Perillo. Essas histórias são disseminadas para
sujar o movimento. Nós passamos nosso tempo dentro do colégio discutindo
política, organizando oficinas culturais, rodas de debate, cultivando
hortas, reciclando e até limpando foco de dengue dessas instituições
jogadas as traças pelo nosso governo. Zelamos esse espaço que nós
respeitamos e compreendemos a importância dele na formação pessoal e
individual de cada cidadão. Não estamos brincando, entendemos que isso
não é uma colônia de férias. Saímos da nossa zona de conforto em nossas
casas e estamos longe de nossas famílias porque acreditamos em nós e na
causa pela qual estamos lutando.
Não é fácil morar num colégio! Não é à toa que dormimos em colchonetes. Não é à toa que tomamos banho de água fria. Não é à toa que ficamos à mercê da caridade pra nos alimentar. Não é à toa que trabalhamos duro pra zelar esse espaço. Não é à toa que capinamos, limpamos banheiros, cantos e quintais. Não é à toa que viramos noite fazendo ronda de segurança. Não é à toa que sofremos perseguições por militar nesses movimentos. Não é à toa E NEM INCONSCIENTES que estamos colocando nossas cabeças em risco pra travar essa luta.
O estado quer que a população pense que somos crianças desatinadas que
não sabem onde estão e porquê estão. Ah, queridos, nós sabemos sim!
Sabemos de onde viemos, onde estamos e porquê estamos. Sabemos também
que educação de qualidade não é prioridade para os nossos governantes e
que colocar empresários dentro das nossas escolas não é a solução, a não
ser que a solução que vocês estejam buscando seja para os problemas
financeiros de vocês, superfaturando e desviando verbas públicas.
Nosso movimento, pra ser visto, precisa incomodar de alguma forma.
Estamos embaraçando a ordem do ponto de vista que nossa presença nas
escolas, por culpa do governo que não se mostra disposto a recuar com as
OSs, vai parar provisoriamente as aulas. Mas vejam isso como uma
reforma... Pra solucionar algum problema físico de uma casa você precisa
reformá-la, e infelizmente isso não acontece num passe de mágica. É
preciso passar pelo constrangimento do barulho, da poeira e da desordem,
mas depois que acaba você desfruta do conforto de uma casa bem
estruturada sob as bases sólidas de uma mudança que causou algumas
compressões, mas trouxe bons resultados.
Esse é o nosso
movimento; incomodaremos para sermos notados por aqueles que nos
diminuem e não acreditam na força popular. Aqueles que lhes mantém sob
cabresto, pedindo que vocês se silenciem e aceitem as coisas como elas
são simplesmente pra não causar maiores agitações. Conflito? Nós somos o
conflito, o grito, o barulho e esse barulho se fará ouvido! Somos a
revolta diante do descaso do governo com nossas questões.
Vamos
nos reunir com os advogados pra saber o que é possível fazer diante do
pedido de reintegração. Ainda decidiremos como proceder ante a repressão
do estado com a nossa luta, mas de uma coisa estamos certos e
irredutíveis: NÃO DESOCUPA, NÃO TEM ARREGO!
Ontem, dia 22 de janeiro, foi deferido a ação de reintegração de posse para todas as escolas de Aparecida de Goiânia e de Anápolis.
Para as 03 escolas de Aparecida de Goiânia, dentre elas a nossa
(Colégio Estadual Nova CIdade), a reintegração é imediata com uso de
força policial.
Não fomos, até agora, notificados de nada. Mas, o
documento prevê o indiciamento dos estudantes que estiverem aqui
presentes na escola.
Não esperávamos nada diferente do Estado,
além de repressão e criminalização daqueles que ousam se levantar e
lutar por uma educação de qualidade para os filhos da classe
trabalhadora.
O nosso bairro, Nova Cidade, surgiu de uma
ocupação. A nossa escola se reerguerá também da nossa ocupação, que
completa hoje um mês e oito dias. Devemos tomar como exemplo a luta de
nosso povo, pois sabemos que o governo só tira o que é nosso por
direito.
Diante disso, deixamos claro que esta reintegração de
posse não nos intimida, pois como estudantes pobres e negros de
periferia estamos acostumados a ser intimidados, coagidos, agredidos
cotidianamente pela polícia militar.
Não somos criminosos, mas,
estudantes. Muitos de nós, menores de idade. Deixamos claro que qualquer
violência será responsabilidade do Estado, que com brutalidade coloca
em risco nossa integridade física e psicológica em nome de interesses
das empresas privadas que querem lucrar com a educação.
Temos clareza de que nossa causa é justa e resistiremos até o último momento em nome dela.
Não tem arrego! Ocupar, Resistir!
Só a luta muda!
CADEIRAÇOS DOS ESTUDANTES
Além das ocupações, que tem se mostrado importante espaço de diálogo com a comunidade e valorização da escola pública, os estudantes tem realizado manifestações na rua contra a terceirização da educação.
Cadeiraço - Policial aponta arma para cabeça de estudante
Fonte: desneuralizador
Cadeiraço dos estudantes leva carta para Raquel Teixeira
Fonte: desneuralizador
ANÁPOLIS TAMBÉM ESTÁ EM LUTA!
FALTA DE DIÁLOGO DA "DITADURA PERILLO"
"Que diálogo é esse, enquanto o edital está correndo? Para o edital que a gente conversa!"
A Secretaria da Educação aprovou o projeto de OSs enquanto a maioria
dos professores, pesquisadores da educação e estudantes se posicionaram
contra. Há diálogo?
A secretária Raquel foi expulsa da Faculdade de Educação - UFG, agora a
pouco. Ela solicitou participar do Conselho Diretor e pensou que nós
ficaríamos ouvindo suas mentiras. A própria secretária afirmou que não
há possibilidade de revogar o projeto das OSs, isso significa que ela
não quer dialogar, quer apenas manipular estudantes, trabalhadores da
educação e comunidade, com a intenção de legitimar o projeto que foi
imposto sem diálogo algum. Após ouvir algumas verdades de Professoras da
FE e estudantes, ela e sua corja foram expulsos aos sons de tambores e
gritos dos estudantes e professores "Fora Raquel". A luta continua! A
luta é nossa! É de tod@s nós! Estudantes, Professores, Comunidade em
geral. A luta é do povo! É pela Educação Pública. Fora Raquel e leva o
Lorde das OSs e as OSs com vocês.
Os
estudantes de Goiás estão em luta contra a terceirização do ensino
público. Ao todo 26 escolas foram ocupadas. Tudo começou quando o
governador anunciou que quer colocar uma Organização Social (OS) para
tomar conta da educação. Conheça oito motivos para apoiar o movimento:
1- Os estudantes que se mobilizam correm o risco de ser tirados das
escolas com violência. Se o novo sistema é bom, porque o governo não
conversa com a sociedade antes das mudanças? Porque impor o novo sistema à força? A polícia já está reprimindo o movimento (http://bit.ly/1JbW89c ).
2- “Organização Social” na verdade é empresa privada. É uma empresa
privada que vai mandar no ensino público em Goiás. Não vai haver mais a
participação de pais e alunos na gestão das escolas.
3- Não são
só estudantes e professores que se mobilizam. Pais de alunos também apoiam e conhecem a realidade das ocupações. Veja: http://on.fb.me/1OZ60mX
4- O movimento dos estudantes goianos é atacado pela mídia porque a mídia defende o governo. Conheça a versão dos estudantes: http://on.fb.me/1ZvhLTK
5- Uma das Organizações Sociais que podem controlar a educação em Goiás
é de propriedade de José Izecias de Oliveira. Ele é partidário do
governador Marconi e já foi reitor da Universidade Estadual de Goiás
(UEG). José Izecias chegou a ter os bens bloqueados por suspeita de
corrupção. Veja: http://bit.ly/1JUcX8C
6- As OS vão ter permissão para fazer compras sem licitação. Isto
facilita o roubo. No Rio de Janeiro, os donos da OS que controla um
hospital foram presos por corrupção. Veja: http://glo.bo/1U6btbP
7- Os professores poderão receber salário abaixo do piso nacional. Isto
está no Aviso de Chamamento Público número 001/2016. As OS poderão
pagar salários baixos aos profissionais da educação. Saiba mais (http://bit.ly/1PATere).
8- Até 70% dos professores poderão ser contratados sem concurso. Ou
seja: o governador vai colocar seus apadrinhados políticos para dar
aula. Lembra da época em que os funcionários do estado eram obrigados a
fazer campanha política? Pois é, isso vai voltar. Saiba mais (http://bit.ly/1PATere).