terça-feira, 30 de julho de 2013

SOBRE MUDANÇAS NA RME GOIÂNIA: EAJA - EJA

Devido aos rumores de mudanças no sistema de ensino do 2º segmento da EAJA procuramos o DEF-EAJA na SME e tivemos a confirmação que tais mudanças já foram discutidas (de forma antidemocrática, como sempre) e que serão implementadas a partir do 2º semestre de 2013.

De acordo com o departamento responsável, a partir de agosto a segunda fase da EAJA passará a ser EJA. Os principais motivos para esta alteração é que na modalidade EJA será garantido o livro didático para os alunos e que as turmas de 8ª série não participarão mais das avaliações do SAEB (Prova Brasil). Como consequência, a prefeitura de Goiânia deverá arcar com 20% do financiamento, haja vista que o Governo Federal financia 80% desta modalidade. 

Considerando que as mudanças ocorridas nos últimos anos não têm melhorado a qualidade do ensino, ao contrário, tem provocado um grande retrocesso neste sistema (exemplo da multisseriação), encaminharemos nos próximos dias ofícios ao Conselho Municipal de Educação e a SME solicitando informações sobre tal processo, pois acreditamos que mudanças substanciais como esta não podem ser decretadas a bel prazer pelos gestores da educação municipal, pois prescindem de um debate amplo com os profissionais da educação como requer uma gestão democrática.

segunda-feira, 29 de julho de 2013

AUDIÊNCIA PÚBLICA SOBRE O IMAS

Relato sobre a Audiência Pública sobre o IMAS

No dia 28 de junho de 2013 aconteceu uma audiência pública na Câmara Municipal para discutir a situação do IMAS. Essa audiência pública aconteceu devida uma solicitação do SIMSED ao vereador Elias Vaz, que prontamente atendeu ao pedido do sindicato.

A mesa da audiência foi composta pela presidente do IMAS, Cristina Laval, pelo vereador Elias Vaz, pelo SIMSED, por um representante do SINDISAÚDE e um do SINTEGO. Infelizmente, mesmo tendo sido convidado, o Ministério Público se ausentou mais uma vez desse importante debate para o servidor público.

A fala da presidente do IMAS e os questionamentos dos usuários

A primeira exposição foi a da presidente do IMAS. Ela fez uma prestação de contas sobre a situação financeira e administrativa do instituto. Mostrou várias planilhas de custos, de procedimentos e apresentou vários dados sobre os problemas e as ações da atual diretoria para soluciona-los.

Alguns pontos da fala da presidente merecem destaque. Primeiro, ela frisou que conseguiu chegar a um acordo com os prestadores de serviço durante a sua gestão, que conseguiu regularizar os pagamentos atrasados através de um parcelamento da dívida. Em posse dessa informação, o público questionou o motivo que levou a esse atraso nos repasses nas gestões passadas. Em resposta a esse questionamento a presidente do IMAS foi enfática, ressaltando que não possui nenhuma responsabilidade com as ações da gestão passada.

Um segundo ponto que fez parte de sua exposição foi a dívida da prefeitura com o IMAS. Do ano de 2002 até o ano de 2004 a prefeitura não realizou os repasses ao instituto, o que levou a uma dívida de 16 milhões da prefeitura com o IMAS. Os presentes questionaram sobre essa negociação do instituto com a prefeitura. A presidente respondeu que está negociando, mas que a prefeitura não apresentou nada de concreto para a quitação dessa dívida.

Outro ponto questionado pelo público foram os problemas no atendimento. Foram apresentados vários exemplos do descaso com os usuários, como a falta de médicos de algumas especialidades, a demora no atendimento de alguns procedimentos e ainda pessoas que não foram bem atendidas pelo instituto. A presidente pediu para que todos os questionamentos sejam encaminhados a ela e ao serviço social para que tenha alguma solução.

Ação dos sindicatos pelegos

Cabe destacar a ação do SINDISAÚDE e do SINTEGO nessa audiência. Parece que os representantes desses dois sindicatos combinaram as suas falas antes da reunião, sendo que os objetivos de suas intervenções ficaram claros: blindar a presidente Cristina Laval dos questionamentos da categoria. Assim, a representante do SINTEGO, Alba Valéria, falou que o problema do IMAS representa o problema de toda a saúde pública no Brasil, que não adianta questionarmos o IMAS em si sem olhar a saúde pública como um todo. O representante do SINDISAÚDE reforçou a mesma linha de intervenção, falando que vivemos uma crise da saúde pública no país. Ou seja, estes dois sindicatos chegaram á audiência para falar dos problemas da saúde de uma maneira geral, abstrata, e não procuraram tratar sobre as questões específicas enfrentadas pelos usuários do IMAS, uma clara tentativa de desviar o foco da discussão. Com tantos problemas vividos pelos usuários cotidianamente a atitude desses sindicatos foi no mínimo covarde, pois queriam transformar um espaço de reivindicações, com possibilidade de tirar propostas concretas, para um debate subjetivo que nada contribui com os anseios dos trabalhadores. Ou seja, esses sindicatos simplesmente demonstraram o apoio aos velhos burocratas a prefeitura.

Cabe ressaltar que o público presente questionou sobre a atuação desses sindicatos na fiscalização do IMAS. Uma recente lei criou o Conselho Fiscal do IMAS, que é composto por membros do SINTEGO e SINDISAÚDE. Os presentes questionaram os motivos de essa lei mencionar esses dois sindicatos e os motivos desses sindicatos não terem escolhidos os representantes democraticamente pelas categorias por eles representadas, ou pior: sem ao menos terem informado devidamente aos servidores.

Posições e encaminhamentos propostos pelo SIMSED

O SIMSED fez várias propostas para o vereador Elias Vaz. Este se propôs a reuniões com os membros da diretoria do sindicato para encaminhar questões concretas. Entre várias reivindicações como: aumento do número de médicos e especialistas, transparência na gestão, agilidade na prestação do serviços, mudança no Conselho do IMAS; o SIMSED também solicitou que o vereador proponha para a Câmara Municipal a abertura de uma Comissão Especial de Inquérito – CEI (CPI) para averiguar a situação do IMAS. O vereador falou que é preciso agir com prudência. Assim sendo, ele achou melhor enviar uma solicitação da Câmara Municipal para o Tribunal de Contas dos Municípios – TCM, que possui o dever constitucional de prestar assessoria técnica para a Câmara, e para o Ministério Público de Contas, para que essas entidades possam fazer uma auditoria nas contas do IMAS. Depois que uma auditoria constate alguma irregularidade será possível articular a abertura de uma CEI dentro da Câmara. Dessa forma, o SIMSED vai acompanhar firmemente o trabalho de auditoria dessas entidades sobre as contas do IMAS.


domingo, 14 de julho de 2013

COMO FAZER SUA DOAÇÃO

Atenção a todos!

Conforme divulgado no blog ( http://simsed.blogspot.com.br/2013/06/sintego-tenta-impedir-luta-do-simsed.html ) o Sintego impediu (de maneira antidemocrática) o SIMSED de fazer  filiações e receber as contribuições na ordem de 1% de seus filiados (estamos recorrendo do processo). Porém, não pararemos a nossa luta. Contudo, Conforme campanha de doações publicada também no blog  ( http://simsed.blogspot.com.br/p/doacoes.html ) precisamos de ajuda financeira para viabilizar, da melhor maneira possível, a confecção de cartazes, panfletos, jornais, informativos e, ainda, realizar atos e manifestações. Como algumas pessoas estavam com dificuldades de realizar a doação estamos divulgando uma forma simples de realiza-la mensalmente, sem precisar ficar indo ao banco várias vezes. É a “mesada”. Todos os  meses (no dia em que você escolher) a quantia desejada por você para doação será descontada de sua corrente e creditada na nossa conta. Para isso, basta seguir os passos descritos abaixo. É simples e fácil prático.

Passo a passo para contribuir com o SIMSED para quem tem conta no Banco do Brasil.

1. Pagamentos/transferências
2. Transferências
3. Continua
4. Opção “8” – Mesada
5. Autorização
6. Agência: 3607-02
Conta: 43107-9
Data: 01/08/2013
Valor: (quanto puder)
Periodicidade: “1” – Mensal
7. Prazo: (pode ser cancelado depois, pode deixar em branco)

Para quem tem conta na CAIXA o ideal é fazer o depósito direto na conta via envelope.
Obrigado a todos. A luta continua!

quinta-feira, 4 de julho de 2013

JORNAL DO SIMSED: AJUDE A DIVULGAR, COMPARTILHE!

No mês de Junho os Coordenadores do SIMSED estiveram nas instituições escolares da Rede Municipal de Goiânia distribuindo a primeira edição do Jornal do SIMSED.
Este jornal de categoria foi produzido como meio de informação, divulgação e como forma de estabelecer ligação direta com os trabalhadores em Educação da RME Goiânia. Foram visitados mais de 100 espaços escolares na distribuição, sendo entregues 5000 exemplares. Compartilhamos agora a versão digital do Jornal ( e colorida!). 
No jornal você pode encontrar as atividades realizadas pelo SIMSED durante a Greve Nacional da Educação (ato cultural, político, no IMAS e panfletagem), as próximas atividades a serem realizadas (audiência e confraternização, que já foram realizadas, além da palestra e informações sobre assédio moral), a criação do sindicato, a carta aberta protocolada no MP sobre a situação do IMAS e a carta de reivindicações (principais) entregue na Secretaria Municipal de Educação de Goiânia, entre outros.
Ajude a divulgar este material! Compartilhe esta versão na internet, divulgue para os amigos e em seu espaço escolar. Ainda, contribuam para melhorar este importante veículo de informação. O SIMSED está aberto a críticas, sugestões, denúncias, matérias e opiniões para a próxima edição. Basta escrever para o email: simsedgoiania@hotmail.com

Clique na imagem para ampliar.




quarta-feira, 3 de julho de 2013

OPINIÃO: BASTA!


BASTA

Nessa semana o povo Brasileiro demonstrou que ainda está vivo,que respira e tem sangue nas veias.O levante popular tem sido tão forte , que assustou toda uma corja de políticos corruptos que acreditavam mandar nessa terra de Santa de Santa Cruz. A exploração das riquezas dessa terra vem desde o descobrimento, seu povo massacrado e furtado da sua riqueza e de sua identidade.Nos impuseram uma cultura , nos retiraram o ouro e Fé , nos torturaram com valores mercadológicos,e formaram uma nação submissa , na qual todos se acham no direito de comandar, menos o seu povo.
Como num passe de magica esse povo se levanta,cansado de tanta exploração,de tanto desrespeito ,de tanta violência sofrida .Esse povo se coloca em marcha, buscando não um transporte de qualidade somente,mas principalmente mostrar ao poder público, que reconhecemos nossa legitimidade de cidadãos, que temos direitos,que somos humanos e que não aceitamos mais os desmandos passivamente. Muitos classificam esse momento como o despertar de um gigante adormecido, penso que é apenas um grito dos oprimidos,que não suportando mais o massacre diário sofrido, usa sua voz para dizer "basta",de impunidade, de corrupção, de falta de estrutura na educação e saúde do Pais .Basta de levantar todos os dias de madrugada ,enfrentando a falta de segurança, o desconforto de ônibus lotados, com salários indignos e no final do mês perceber que você trabalhou para pagar uma carga tributaria altíssima que ao invés de ser convertida em estruturas ao cidadão, tem bancado viagens internacionais da presidenta e de sua enorme comitiva, tem bancado os esquemas fraudulentos de licitação tanto a nível federal ,estadual e municipal, tem bancado a copa e a construção de grandes elefantes brancos , que quando acabar a copa , servirão apenas para mostrar o quanto nosso Pais investe em obras infundadas e seu povo continua morrendo nas filas dos hospitais públicos sucateados, com falta de profissionais e de suprimentos mínimos para socorrer a população. O povo se levanta para dizer "basta",não suportamos mais. Nos temos toda a estrutura de recursos naturais e humanos para sermos visto la fora como um Pais austero ,em crescimento e com um povo educado. Esse momento histórico do "basta", serve para dizer que o povo ama seu Pais e que ama seu semelhante, mas melhor que tudo que ama a si mesmo e por isso quer tornar a nação justa e igualitária. Então BASTA.
Adriana Lucia Da Silva
Link para o texto no Diário da Manhã

segunda-feira, 1 de julho de 2013

REFLEXÃO SOBRE O PISO EM GOIÂNIA

Para reflexão dos companheiros e das companheiras que trabalham na rede pública municipal de educação de Goiânia 

Daniel Cardoso Ribeiro



Pensem: o município de Goiânia tem condições de pagar um valor muito maior do que o que está determinado pelo governo federal para ser o Piso Salarial Profissional Nacional. Lembremos que este piso foi estabelecido em 2008 pensando-se em municípios de capacidade econômica muito inferior ao de Goiânia. Nosso município é um dos mais prósperos do Brasil. É polo de atração de investimentos nacionais e internacionais, além de ser polo de atração de correntes migratórias de várias regiões do nosso país. Grandes grupos econômicos investem nos negócios da educação em nosso município. Por isso, não podemos andar atrelados a um valor que não corresponde a esta realidade.

Podemos até entender que um prefeito de certas regiões do país, com uma arrecadação menor que a de Goiânia, questione este valor por razões financeiras. Ainda que não seja aceitável qualquer desculpa para a não valorização de uma categoria profissional do porte dos trabalhadores e das trabalhadoras na área da educação. Mas é um absurdo que o poder executivo de nossa capital se vanglorie de acrescentar sete por cento ao valor do piso nacional e achar que devemos considerar isso como um grande ganho. Ainda mais absurda se torna a situação se lembrarmos que o chefe do executivo municipal foi eleito por um partido que se diz progressista e representante das classes populares. Não podemos esquecer também que existem ainda controvérsias a respeito do valor atual deste piso nacional.

É urgente, então, lutarmos pelo estabelecimento de uma política de valorização do trabalhador da educação do município de Goiânia, que inclua a criação de um piso municipal não atrelado à política de reajuste federal, mas com um índice próprio, discutido com a categoria, com critérios de cálculo claros e acessíveis, para não sofrermos mais a angústia de ficarmos esperando que “não sei quem” calcule o valor do tal índice e para que não tenhamos novamente mais surpresas desagradáveis como foi o final da novela do estabelecimento do índice de 2013.

Outro problema sério que temos que estar atentos: a educação é um grande negócio. Milhões de reais e até de dólares investidos nesse setor por grupos que não são nem originários do ramo. Planejam ampliar seus negócios e vêm que o ensino “dá muito dinheiro” e o retorno é garantido. O planejamento dessas pessoas é estratégico e inclui gestão e lobby junto ao poder público, no sentido de forçar o mesmo a tomar medidas que facilitem o bom andamento de seus negócios ou, pelos menos, a não interferência neles. Daí porque muitas das medidas tomadas pelo poder público são influenciadas pelos interesses de grupos econômicos interessados na manutenção do baixo nível educacional do setor público afim de que essa situação seja usada como um dos principais argumentos perante a sociedade para que esta busque o setor privado como alternativa para os que querem uma melhor qualidade em termos de educação.